30 de novembro de 2010

"370 mil bebês nascem com o vírus HIV por ano.", denuncia Unicef



Brasília – É possível uma geração de crianças viver sem o vírus HIV se a comunidade internacional intensificar os esforços para o acesso universal à prevenção e ao tratamento contra a doença. É o que aponta relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado hoje (30), em Nova York, véspera do Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

Segundo a Unicef, apesar dos avanços dos programas antiaids, milhões de crianças e mulheres ainda são excluídos dessas ações por causa de questões de gênero, da condição econômica, da localização geográfica, do nível educacional e do status social.

A cada ano, no mundo, cerca de 370 mil bebês nascem com o vírus HIV transmitido pela mãe, sendo a maioria na África. A aids é a principal causa de morte de mulheres em idade fértil no mundo e uma das responsáveis pela mortalidade materna nos países com epidemia de aids, de acordo com a Unicef. Na África Subsaariana, 9% da mortalidade materna são atribuídos à doença.

O relatório constatou que 53% das grávidas com o vírus HIV tomaram antirretrovirais para prevenir a transmissão vertical (de mãe para o feto) em 2009. Em 2008, esse índice foi de 45%. O acesso aos remédios cresceu no Leste e no Sul da África, onde o percentual de acesso subiu de 58%, em 2008, para 68%, em 2009.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, este ano, novas orientações para o tratamento de gestantes e crianças portadoras do vírus, com o intuito de ampliar o acesso aos antirretrovirais a esses grupos.

Edição: Lana Cristina
Fonte: Agencia Brasil

Coreia do Sul cancela exercícios militares, mas se mantém hostil



A Coreia do Sul cancelou exercícios militares na Ilha de Yeonpyeong, a mesma que foi atacada pelo exército norte-coreano, sob alegação de resposta a ataques que teriam sido iniciados pela Coreia do Sul. A atividade do exército sul-coreano em Yeonpyeong estava prevista para ocorrer nesta terça-feira (30) de manhã. Os moradores haviam recebido a recomendação de se protegerem em abrigos subterrâneos.

Segundo diplomatas sul-coreanos, a decisão não tem a ver com a Coreia do Norte, o que refuta a teoria de que eles estejam renunciando ao confronto com a vizinha. Pelo contrário. O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, fez, nesta segunda-feira (29), o seu primeiro pronunciamento à nação desde os ataques norte-coreanos. Ele se responsabilizou ao dizer que não foi capaz de proteger seus cidadãos. Diante de pressões internacionais e internas, Lee também prometeu duras consequências para o caso de qualquer agressão futura.

"Se o Norte cometer alguma provocação contra o Sul, nós faremos questão de fazer com que pague um preço alto por isso", afirmou Lee Myung-bak, em postura coerente com a adotada nos últimos dias, em que a Coreia do Sul vem recebendo incentivo e suporte dos Estados Unidos para responder de forma "adequada" a possíveis ataques norte-coreanos.

Detalhes sobre quais serão as "consequências" ou qual será o "preço alto" não foram fornecidos pelo presidente sul-coreano. Não houve também explicações sobre qual será a resposta da Coreia do Sul sobre o recente bombardeio.

EUA cobram postura agressiva

Um dia após a troca de tiros entre as duas Coreias, que ocorreu na última terça-feira (23), os Estados Unidos e a Coreia do Sul definiram, já na quarta-feira (24), a realização, no domingo (28), de manobras militares, em nova provocação à Coreia do Norte. Na mesma quarta-feira (24), o ministro de Relações Externas da China pediu calma e precaução aos coreanos e solicitou aos governos dos dois países que iniciassem conversações para evitar incidentes similares.

Na quinta-feira (25), a Coreia do Sul anunciou que adotaria as “medidas necessárias” para “reforçar a segurança nacional” e reagir com mais firmeza no conflito com a Coreia do Norte. Nessa linha - que descarta o diálogo direto -, os Estados Unidos mandaram um de seus mais poderosos porta-aviões para manobras conjuntas com os sul-coreanos, levando a China novamente a externar preocupação.

As autoridades sul-coreanas estão sendo pressionadas a respeito de uma resposta "adequada" em relação à troca de tiros com a República Popular Democrática da Coreia, localizada ao norte da península. Ainda na semana passada, como forma de aliviar a pressão, o governo da Coreia do Sul trocou seu ministro da Defesa, reforçou suas tropas em Yeonpyeong e outras quatro ilhas do mar Amarelo, além de instituir mudanças em regras militares.

China insiste no diálogo

Apesar da postura agressiva da Coreia do Sul, incentivada e subsidiada pelos Estados Unidos, a China insiste em uma consultas de urgência para reduzir a tensão na península coreana, e espera uma "reação positiva" à proposta, afirmou nesta terça-feira (30) o ministério chinês das Relações Exteriores, apesar da oferta ter sido rejeitada por Estados Unidos e Coreia do Sul.

"Acreditamos que as partes envolvidas vão levar a sério esta proposta e reagir positivamente", declarou o porta-voz do ministério, Hong Lei, que qualificou a reunião de "imperativa".

No domingo, a China propôs aos interlocutores uma reunião de emergência do grupo dos Seis na China, no início de dezembro, para tentar acalmar a situação, muito tensa desde o bombardeio de uma ilha sul-coreana pela Coreia do Norte.

O governo dos Estados Unidos rejeitou a proposta e afirmou que o encontro seria uma "operação de relações públicas" para a Coreia do Norte. A Coreia do Sul também recusou a oferta, enquanto o Japão se mostrou reticente. O grupo dos Seis inclui Estados Unidos, Rússia, China, Japão e as duas Coreias.

Da redação, Luana Bonone, com informações do Diário do Nordeste e AFP

29 de novembro de 2010

“Meu pai sempre me disse: ‘Política não é profissão. Não viva de mandato, não se apegue a mandato’.", diz Flávio Dino



Encarar a derrota como vitória política faz parte do jogo. É o que pensa o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA). Depois de sofrer o segundo revés eleitoral consecutivo, ele diz que termina o ano “feliz e sem dívidas”. A “travessia do deserto”, como define o período sem mandato, não assusta. “O importante para mim era manter a trajetória de acúmulo”, avalia.

“Na primeira eleição que disputei (em 2006, para deputado federal), tive 126 mil votos. No primeiro turno de 2008 (quando disputou a Prefeitura de São Luís), tive 169 mil. No segundo turno (de 2008), tive 215 mil e agora, 860 mil votos. Foi um prejuízo agora para recuperar adiante. É o que diz a sabedoria popular: dar um passo pra trás pra dar dois pra frente”, ensina.

Dino disputou as eleições para o governo do Maranhão e teve como principal adversária a governadora Roseana Sarney (PMDB), que se reelegeu com uma margem apertada de votos: 50,08%. Por muito pouco, a disputa não foi ao segundo turno. Mas a “ressaca eleitoral”, conta o deputado, “passou em 24 horas”.

Os próximos passos já estão traçados: disputar a prefeitura da capital maranhense em 2012. Até lá, voltará a dar aulas na Universidade Federal do Maranhão e a advogar. Dino também preside o partido no estado e faz parte da Executiva Nacional do PCdoB, o que lhe garante "inserção política".

“Meu pai sempre me disse: ‘Política não é profissão. Não viva de mandato, não se apegue a mandato’. Tanto é que ele nunca ‘permitiu’ que eu fosse candidato antes de construir uma trajetória profissional. Não tenho esse impacto de ‘e agora, o que eu faço da vida?’ Não sou um político profissional”, diz.

Fonte: Portal AZ

Alquimar Guterres, um dos reorganizadores do PCdoB no Maranhão, nos anos 60, recebe Prêmio José Augusto Mochel



A entrega do Prêmio Joaquim Mochel acontece daqui a pouco, a partir das 18 horas, no auditório do Quality Hotel Grand São Luís, antigo Hotel Vila Rica, centro histórico de São Luís. Esta será a 4ª Edição do Prêmio e vai homenagear militantes e personalidades da vida pública maranhense.

Na lista de homenageados está o membro do Comitê Central do PCdoB e hoje Presidente da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima; José dos Santos, o Mestrinho; a Assistente Social aposentada, Zezé Costa; o Professor Marlon Reis; o Professor-Dr. Francisco Gonçalves, da UFMA; a FETAEMA, e ainda duas homenagens ‘post morten’, a Magno Cruz (SMDDH-MA) e Alquimar Guterres.

Todos os homenageados são merecedores do Prêmio.

Mas destaco aqui, Alquimar Guterres, pai do professor Júlio Guterres. Alquimar, era de linha marxista-leninist e foi um dos reorganizadores do PCdoB no Maranhão nos anos 60. Atuou em várias regiões do estado, contribuindo, por exemplo, com a organização dos camponeses maranhenses, em função da diretriz nacional adotada pelo Partido na ação tática para a atuação no interior do Brasil.

Alquimar também teve destacada atuação em São Luís, após chegar à cidade com a família, vindo de Caxias/MA. Ali, Alquimar já sentia os odores pútridos da perseguição política realizada por gente conservadora com vínculos com a ditadura militar. Alquimar agiu ao lado de dirigentes comunistas como Rogerio Lustosa, Antonio Campos e o próprio Mochel.

Sem dúvida, grande homenagem.

28 de novembro de 2010

Domingão com poesia exposta

















Gestação

Palavra parida
Palavra ferida
Inserida
Erguida
Agora
Escrita
Pelo homem
Que cria
E recria
A chama que grita
E respira
Na noite fria
Poeta agita
Risca
Rabisca
Arrisca um palpite
Que permite revelar
Toda a palavra
Agora vivida
No limite
De seu fim
P
R
O
C
E
S
S
U
A
L


Marden Ramalho
Junho de 1997

27 de novembro de 2010

Noite de sábado com poesia exposta















Foto:Vitória de Samotracia, deusa grega da vitória

Gesto inacabado de um canto de amor que chega

Eterno conflito entre contrários inabitáveis
Hoje estala no peito
Com inarredável existência viva
Atracado em porto de sol que escalda

Ofusca-me luz que banha palavras
Cúmplices de redemoinhos maiores
Nesse instante
Desconheço-os em suas totalidades

Alhures,
Alçá-los-ei como vela
E navegarei pelos arrabaldes do amor teu

Não quero encontrar pontos perdidos
Quero que o surdo cadencie o tempo comigo
Para que o amor dedilhe os versos que agora se entrelaçam
À diacronia sincrônica do canto que chega

Quero soprá-los
Como intempéries em rodopios e dialetos de querer
Pois, vejo-te assim, como imagem
Que anuncia a catarse do verbo
E o prenúncio da saudade do poeta pelo futuro

Desmonto nossos segredos incipientes
Caídos outrora no manto de chuvosa noite

Minha caneta agora é mastro de barco
Que nos levará
Ao centro do universo das possibilidades.

II
Ah, inacabado canto
Aproxima-te tanto
Que tuas portas escancaram-se
Para a chuva d’alvorada que chega

Chuva que dilacera a dúvida
E faz poeta repensar poemas
Que reinam em silencio
Nos desejos libertinos da ‘mundanagem’ literária

Sou elo vivo de um ser presente
Que salta à frente de tudo
E cinge-se a ti
E às tuas loucas conexões de amor
Dá-se o assim o poema
Num arco de infinitas e raras luminárias de palavras

Reclamo o encanto efusivo da mulher
Sôfrego, inquieto
E sutil como o sol
Em dia de poesia exposta
Ao cheiro que encharca o quarto
Cheiro teu
Cheiro meu
Cheiro nosso

Apago a luz

Inacabo o poema
Pois inacabado é o tempo

Marden Ramalho
Outubro de 1999

26 de novembro de 2010

"Problema crônico da violência no Rio não passa exclusivamente por uma ação militar", afirma sociólogo à Terra Magazine



Com mais uma explosão de violência na capital do estado do Rio de Janeiro, até o momento só as balas e metralhadoras e tanques tomam conta do espaço midiático. Mas como diria meu amigo Oswaldo Bertolino, e 'o outro lado da notícia'?

veja abaixo enrevista interessante e atualíssima sobre o tema.

Ana Cláudia Barros, na Terra Magazine

A principal fonte de circulação do dinheiro do crime-negócio no Rio de Janeiro não está na venda de drogas, mas no comércio de armas. A explicação é do sociólogo Dario Sousa e Silva, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Uerj. Na quinta-feira (25), durante a ocupação da Vila Cruzeiro - uma das favelas mais violentas do Rio -, pela polícia, uma imagem chamou a atenção: a fuga de centenas de criminosos carregando fuzis.

Sousa destaca que tanta reação à política das Unidades de Policía Pacificadora (UPPs), apontada pela Secretaria de Segurança fluminense como uma das justificativas para a onda de ataques, tem motivo. Segundo ele, as UPPS não se resumem apenas à ocupação territorial, "mas a uma tentativa de bloquear essa série de outras atividades ligadas ao tráfico de drogas, das quais o tráfico depende".

- Se não há a venda de drogas, que determina uma série de outras dinâmicas, e se não há confronto entre as diferentes quadrilhas, não há demanda por arma nova. Então, o advento da UPP interrompe uma série de outras atividades ilegais que participam do crime-negócio.

E acrescenta:

- O lucro obtido através da venda de armas só acontece se há combate entre as facções. Para o traficante de armas, que, frequentemente, é o mesmo fornecedor de drogas,interessa que existam diferentes facções que se digladiem - afirma, dizendo achar improvável que os rivais Comando Vermelho (CV) e Amigos dos Amigos(ADA) articulem uma ação conjunta, conforme vem sendo aventado.

Na análise do sociólogo, a solução para o problema crônico da violência no Rio não passa exclusivamente por uma ação militar.

- A população não pode deixar se enganar por uma possível compreensão de que a favela é o lugar do crime, da falta de ordem, é um lugar que não precisa ou merece ser integrado à vida cidadã e coletiva. É importante que ela esteja ao lado das forças da ordem, das forças da inclusão. Esse é um momento em que tradicionalmente a gente põe para fora os nossos maiores medos e preconceitos. Essa solução só se resolve se superamos esses preconceitos. Seja o preconceito do policial em relação ao morador que ele está atendendo, seja o preconceito daqueles que agora estão encolhidos em suas casas com medo de retomarem suas rotinas nas ruas, seja o preconceito do morador que vive na comunidade em relação ao resto da cidade. O importante é que o Rio de Janeiro costure a cidade partida.

Confira a entrevista.

Terra Magazine - O governo do Rio de Janeiro afirma que as ações criminosas são reação à política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das Unidades de Polícia Pacificadora. Fala-se ainda que os episódios de violência seriam motivados pela transferência de líderes do tráfico de drogas para presídios fora do Rio de Janeiro. São, na sua avaliação, explicações plausíveis? Haveria outras motivações?
Dário Sousa e Silva - É plausível, sim, mas não pode ser resumida só a essas duas medidas. A principal fonte de circulação do dinheiro do crime-negócio no Brasil e no Rio de Janeiro, claro, não está na venda de drogas, mas no comércio de armas. O Rio não está na rota internacional do grande tráfico. Ele é um ponto de passagem da droga, que, em parte é produzida no Nordeste, no caso da maconha, e sua grande maioria vem do interior da América do Sul, através do Paraguai, Mato Grosso, São Paulo e toda aquela linha que foi paralisada pelo Primeiro Comando da Capital. Então, esta é a rota do tráfico de drogas. O Brasil e o Rio são muito mais consumidores do que pontos de grande distribuição de drogas.

Você menciona o tráfico de armas. Quem estaria articulando isso? São os próprios traficantes de drogas? Há sempre associado às drogas uma série de outras atividades ilegais, como a gente tem acompanhado pelos próprios noticiários. O jogo, a prostituição, a cobrança ilegal de tarifas sobre o gás, transportes alternativos. Então, na verdade, o crime-negócio é uma rede que não se resume a apenas aquele ganho com o tráfico de drogas. Uma dinâmica que é interrompida pelo fenômeno dessa política das UPPS. Dessa forma, essa dinâmica não consegue se fechar, se articular. O lucro obtido através da venda de armas só acontece se há combate entre as facções. Para o traficante de armas, que, frequentemente, é o mesmo fornecedor de drogas, interessa que existam diferentes facções que se digladiem.

Se não há a venda de drogas, que determina uma série de outras dinâmicas, mas que não se resume à venda de drogas, e se não há confronto entre as diferentes quadrilhas, não há demanda por arma nova. Então, o advento da UPP interrompe uma série de outras atividades ilegais que participam do crime-negócio. A questão da UPP não se resume a apenas ocupação territorial, mas a uma tentativa de bloquear essa série de outras atividades ligadas ao tráfico de drogas, das quais o tráfico depende.
Há um dado muito significativo nisso. As indústrias russas que produzem AK-47 nunca produziram tanto em tempos de paz. Estes fuzis não estão sendo usados para guerra do Iraque ou do Afeganistão, mas usados nos conflitos na África, no Haiti e nos conflitos gerados pelo crime-negócio na América do Sul. Os atravessadores são ilegais, mas a produção legal dessas armas na Rússia tem aumentando muitíssimo. E não se vive mais o período da Guerra Fria. Acho isso bastante significativo.

E quanto à transferência de presos?

Um outro fator importante, que pode estar associado à essa reação (dos criminosos), é a questão das transferências de presos que ainda comandam algumas comunidades. Imagina que os grandes conflitos recentes havidos dentro das quadrilhas têm decorrido de divergências entre lideranças presas e lideranças soltas que atuam nas comunidades. Essa explicação oficial é plausível, porque a transferência de presos os isola e quebra essa linha de comando das quadrilhas.
Um outro fenômeno que pode estar associado a isso, como eu dizia, é que, recentemente, a Secretaria de Segurança e outros órgãos governamentais divulgaram a suspeita e os processos que estão sendo desenvolvidos no sentido de mapear os bens dessas lideranças encarceradas e que estariam sendo administrados por seus parentes ou os chamados laranjas.Essas lideranças presas têm dinheiro acumulado. O dinheiro está sendo escasso para aquele que está solto na favela. Pode ser uma tentativa desse comando de forçar uma pretensa negociação por parte das forças de segurança pública, temendo que seus subordinados rapinem seus bens que estão disponíveis.

A Secretaria de Seguraça identificou que os ataques estão sendo promovidos pelas facções Amigos dos Amigos (ADA) e por Comando Vermelho (CV). São duas facções tradicionalmente rivais. Como o senhor avalia esta articulação? É possível que haja ordens dos líderes de cada facção, mas o resultado disso tem sido de fato, e também é de reconhecimento da Secretaria de Segurança, que essas ações são muito desarticuladas, não seguem nenhum padrão. Elas estão ocorrendo em diferentes áreas justamente para criar na população esse clima de insegurança e, talvez, a ideia de que potencialmente seria melhor tirar as UPPs das favelas, porque "o lugar do tráfico é em cima do morro e não queimando carro na rua". Na verdade há uma pressão para a politização do problema e para tentar forçar uma opinião pública amedrontada a uma atitude que lhes seria favorável. Agora, no que se refere a uma ação tática, uma ação armada, coordenada por diferentes comandos, é muitíssimo difícil.

Por quê?É preciso ver a própria origem desses comandos. Tradicionalmente, havia o Comando Vermelho, o Terceiro Comando, o ADA. Agora, há, pelo menos, mais dois comandos no Rio: o Comando Vermelho Jovem e o Terceiro Comando Puro (TCP). Esses novos comandos que apareceram derivaram das divergências entre as lideranças aprisionadas e as lideranças fora das cadeias. Então, imagine o seguinte: você é traficante e provavelmente um companheiro seu foi morto por outra quadrilha e jogado como comida aos porcos. Uma semana depois, você vai estar lutando ao lado desses? É muito pouco plausível.
Essa unificação requereria um nível de racionalidade desses agentes que eles absolutamente não têm, mas não têm por falta de capacidade intelectual. Não têm porque isso não é sua prática, não é a maneira como eles se colocam nesses confrontos. São confrontos muito brutais, sem meias medidas, sempre muito contundentes. Essas pessoas não lutam lado a lado de uma hora para outra.

Então, o mais provável é que os ataques sejam promovidos pelas facções, mas não sejam orquestrados?É possível que partam ordens para os ataques em cada uma das facções. O que eu digo que daí a supor que haverá uma ação armada, unindo bandidos de facções diferentes, acho muito difícil.
Imagina, entre ADA e Comando Vermelho, a diferença e o enfrentamento é tamanho que eles se mataram há cinco, seis anos nos presídios de Bangu. Agora, é importante que a polícia não respeite a diferença entre eles. Têm que agir igualmente, com contundência, seja qual for a facção criminosa. Não se pode negociar.

Com as UPPS, com esse combate mais efetivo, o tráfico de drogas está sofrendo um duro golpe. Essa resposta do governo estadual de intensificar as operações é uma resposta apropriada? E as milícias não podem sair favorecidas?
Muito dificilmente, porque, acima da intensidade e da quantidade de armamento, um recurso político importante é o tempo de resposta. E, nesse ponto, o governo leva vantagem, porque apresentou uma resposta imediata. Isso ganha a população do ponto de vista da confiança que passa a ser depositada em que a agência legal de segurança é poderosa o suficente para manter a ordem. As milícias ganham espaço à medida em que essas áreas periféricas da cidade estão desprovidas de serviços e de atenções governamentais. Recentemente, toda essa periferia deseja ter uma UPP, porque, junto com essa UPP vêm projetos sociais,vêm recursos de cidadania, vêm a valorização daquela região.

Mas as UPPS estão longe de ser unanimidade. Há comunidades, como a do Morro Santa Marta, que reclamam da truculência policial. Inclusive, foi feita lá até uma cartilha sobre como se defender da violência da polícia.É importante que haja a visibilidade desses problemas, porque essa é uma experiência muito recente. Imagina que o policial militar, além de suas atribuições, precisa se requalificar para agir. Há uma mudança na própria cultura da corporação policial no sentido de que outras atribuições são necessárias para esse profissional. Pense também do ponto de vista do imaginário do policial militar, aquela área, que para ele representava risco de morrer, agora é o seu local de trabalho. Aquela população que ele possivelmente antipatizava, porque identificava, às vezes preconceituosamente, que era colaboradora do bandido, agora é a que ele tem que servir. Então, existe um período de adaptação muito tenso, muito delicado, mas cuja experiência vale a pena ser encampada. O importante é que se há problemas na operação das UPPs, esses problemas estão visíveis. Há pouco tempo, o que acontecia no morro ficava no morro.

O problema da segurança pública no Rio é altamente complexo e crônico. É possível reverter essa situação? Estou falando em mudanças a longo prazo. As soluções que têm sido encontradas são as mais adequadas?Esta evidentemente é uma pergunta muito pertinente. A gente vê que há um emaranhado de causas, de condicionantes, de variáveis a serem atendidas. O importante é que a opinião pública, os órgão de imprensa, os intelectuais já estão convencidos de que a solução não é exclusivamente uma ação militar. Ela opera em diferentes áreas, como no combate à corrupção, como na politização dos problemas. Essa mudança de cenário pode ser significativa, não completa, em um prazo mais curto. Menos de 10 anos, imagino.
Essa pergunta que você me fez se a situação crônica do Rio pode se reverter é uma pergunta que provavelmente as autoridades de Chicago e a imprensa dos anos 30 podem ter se feito, numa época em que o caos se implantou, parecendo que o crime era, de fato, quem mandava naquele espaço. E essa situação efetivamente pôde ser revertida. A experiência colombiana também com grandes recuperações de trajetória pode ser uma referência significativa para nós. O importante é que a solução não se resume à ocupação territorial nem à ação armada.

A solução passa por onde?A população não pode deixar se enganar por uma possível compreensão de que a favela é o lugar do crime, da falta de ordem, é um lugar que não precisa ou merece ser integrado à vida cidadã e coletiva. É importante que ela esteja ao lado das forças da ordem, das forças da inclusão. Esse é um momento em que tradicionalmente a gente põe para fora os nossos maiores medos e preconceitos. Essa solução só se resolve se superamos esses preconceitos. Seja o preconceito do policial em relação ao morador que ele está atendendo, seja o preconceito daqueles que agora estão encolhidos em suas casas com medo de retomarem suas rotinas nas ruas, seja o preconceito do morador que vive na comunidade em relação ao resto da cidade. O importante é que o Rio de Janeiro costure a cidade partida

Fonte: Terra Magazine e Blog Outro Lado da Notícia

Hoje (26) tem 'Sexta do Tambor', na Capela de São Benedito, antiga Fábrica Cânhamo, na Madre



A Fundação Municipal de Cultura (Func), em parceria com o Conselho Cultural Tambor de Crioula do Maranhão, lançam nesta sexta-feira, 26 de novembro, o Projeto Sexta do Tambor. A festa de lançamento acontecerá a partir das 18 horas, na Capela de São Benedito, localizada na antiga fábrica Cânhamo, na Madre Deus.

Na ocasião, será feita a entrega de certificados aos três mestres escolhidos e homenageados no Dia Municipal do Tambor de Crioula, durante o Aniversário da Cidade realizado na Praça Maria Aragão. São eles: Dionísio Adrônico Silva, José Constantino Soares e José Tomaz Santos.

“Eles foram escolhidos, por uma comissão interna do Conselho Cultural do Tambor de Crioula, pelo vasto conhecimento cultural que os mesmos detêm”, destaca Ubaldo Martins, presidente do Conselho.

O Projeto visa divulgar e incentivar a cultura maranhense, por meio de seminários, oficinas, palestras e apresentações de rodas de Tambor. Os encontros serão sempre na primeira e última sexta-feira de cada mês e pretende se estender até final de 2011. “Este projeto já vinha sendo discutido pelos grupos de Tambor, que queriam mostrar a arte e os saberes da manifestação que é Patrimônio Cultural e Imaterial Brasileiro. A intenção é manter viva a cultura”, finaliza Ubaldo.

Na noite de abertura do Projeto, todos os grupos de Tambor de Crioula estão convidados a participar da roda de Tambor. As apresentações acontecerão pela ordem de chegada de cada grupo. Já nas próximas edições do evento, os grupos irão se revezamento para dar oportunidade a todos os outros.

Para o presidente da Func, Euclides Moreira Neto, “a Func pratica, no seu dia a dia, essa interação com os atores que fazem a cultura de nossa cidade, e, em ação compartilhada, fortalece iniciativas como essa. O Tambor de Crioula é uma manifestação da cultura popular que só existe no Maranhão, e merece o nosso respeito, admiração e apoio”, afirma.

O Tambor de Crioula é uma das expressões mais populares nas casas de cultura afro do Maranhão. É uma celebração baseada na música, canto e dança que mistura fé e diversão. Ao tornar-se uma dança mais urbana os homens passam a tocar e cantar, e as mulheres entram na brincadeira como as dançarinas, chamadas hoje de coreiras, que trazem uma característica marcante: a pungada ou umbigada, que é o convite para entrar na roda. Ao todo, existem cadastrados na Func 65 grupos de Tambor de Crioula no Maranhão.

Fonte: ASCOM - FUNC/São Luís

25 de novembro de 2010

Ministro do Esporte inaugura obras no Campus da UFMA em São Luís. Os recursos foram garantidos pelo Deputado Federal Flávio Dino(PCdoB)



O ministro do Esporte, Orlando Silva, inaugurou na manhã desta quinta-feira o Ginásio Poliesportivo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O local foi todo reformado e atenderá à comunidade acadêmica a partir do próximo ano. O ministro chegou ao Núcleo do Esporte, local da solenidade, acompanhado do deputado federal Flávio Dino (PCdoB/MA) que, por meio de emendar parlamentar, destinou à UFMA R$ 2 milhões em quatro anos de mandato. O ministro foi recebido pelo reitor da universidade, professor Natalino Salgado.

“Esta é uma manhã de exemplo para o incentivo à atividade esportiva, para a difusão do esporte em todo o Brasil”, disse o ministro referindo-se à iniciativa do deputado federal Flávio Dino de preocupar-se com a destinação de recursos para a área. Parte do financiamento do ginásio poliesportivo inaugurado na manhã desta quinta é oriundo de recursos destinados pelo deputado maranhense.

“Tenho uma ligação histórica com a UFMA. Aprendi tudo o que sei e me construi tudo o que sou nesta casa”, disse Flávio Dino, realçando que sua postura como parlamentar não poderia ser outra senão a de contribuir com o desenvolvimento daquela instituição de ensino. Flávio aproveitou para dizer que renovava, naquela ocasião, seu compromisso com a UFMA.

Durante a solenidade, o ministro Orlando fez questão de destacar as qualidades do deputado Flávio Dino. “Poucas vezes um deputado de primeiro mandato tenha tido uma atuação parlamentar tão marcante. O Flávio Dino honrou o Maranhão”, disse.

O ministro Orlando falou, ainda, da importância dos investimentos que vem sendo realizados nas universidades, notadamente na área de esporte. “Precisamos estimular a atividade física, o convívio entre as pessoas, porque o esporte é um espaço importante de vivência”, pontuou. Disse, ainda, que nunca um Governo Federal havia destinado tantos recursos paras as universidades brasileiras, “A universidade vive uma outra fase”, observou.

O reitor da UFMA, Natalino Salgado, disse que a universidade está num processo vigoroso de transformação. Falou da importância da obra inaugurada naquela ocasião tanto para a comunidade acadêmica quanto para os moradores de bairros próximos ao Campus do Bacanga, que poderão ser beneficiados com programas de extensão. Salgado também fez questão de agradecer o empenho de Flávio Dino na destinação de recursos para a UFMA. “Sentimos-nos honrados de recebermos nesta manhã um ex-aluno e um professor e, atualmente, um parlamentar que honra o Maranhão”, disse numa referência ao deputado Flávio Dino.

Fonte: ASCOM - PCdoB

23 de novembro de 2010

Noam Chomsky: As 10 estratégias de manipulação midiática



por Noam Chomsky*, em Adital
Tradução: Adital

O linguista Noam Chomsky elaborou a lista das “10 Estratégias de Manipulação”através da mídia.

1. A estratégia da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado; sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja com outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).

2. Criar problemas e depois oferecer soluções. Esse método também é denominado “problema-ração-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” previsa para causar certa reação no público a fim de que este seja o mandante das medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o demandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para forçar a aceitação, como um mal menor, do retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços púbicos.

3. A estratégia da gradualidade. Para fazer com que uma medida inaceitável passe a ser aceita basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4. A estratégia de diferir. Outra maneira de forçar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e desnecessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrificio imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5. Dirigir-se ao público como se fossem menores de idade. A maior parte da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse uma pessoa menor de idade ou portador de distúrbios mentais. Quanto mais tentem enganar o espectador, mais tendem a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Ae alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, em razão da sugestionabilidade, então, provavelmente, ela terá uma resposta ou ração também desprovida de um sentido crítico (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.

6. Utilizar o aspecto emocional mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional e, finalmente, ao sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de aceeso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos…

7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais menos favorecidas deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeja entre as classes menos favorecidas e as classes mais favorecidas seja e permaneça impossível de alcançar (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).

8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade. Levar o público a crer que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.

9. Reforçar a autoculpabilidade. Fazer as pessoas acreditarem que são culpadas por sua própria desgraça, devido à pouca inteligência, por falta de capacidade ou de esforços. Assim, em vez de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se autodesvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E sem ação, não há revolução!

10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem. No transcurso dosúltimos 50 anos, os avançosacelerados da ciência gerou uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem disfrutado de um conhecimento e avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no psicológico. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior do que o dos indivíduos sobre si mesmos.

* Linguista, filósofo e ativista político estadunidense. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts

Fonte:www.viomundo.com.br

20 de novembro de 2010

Tarde de sábado com poesia exposta











Foto:Marden Ramalho 2010


Da sensibilidade

Viver, quem não vive?
Operário padrão, Jovem insurrecto,
Intelectual atento, Proletário comprimido.
Quantos se comprimem por encostas abastadas
Ou pouco favorecidas?
Todos querem viver melhor com ‘sus ninos y ermanos’?
Mas, quantos terão que morrer ainda para darmos forma a toda a vida?
Aos nossos sentidos de liberdade?
Quantos trocariam vidas improdutivas
Por vida feita a partir da produção de sensibilidades?
Há respostas para tudo,
Pois há perguntas para tudo.
Respostas que podem estar na leitura da poesia atenta
Embaladas pelas lutas do passado e do presente.
Já com saudades de um futuro que dialeticamente está aí.
Vivo!
Para isso,
Vivo a necessidade epopéica das coisas do mundo
E do mundo das coisas.
Imenso,
Olho ali,
Logo ali,
Onde os poetas espantam a mediocridade dos patetas
E libertam na busca inquieta do fractal imperfeito
Uma vida que não seja subordinada ao que não é real.
Firme naquilo que se pode viver sempre.
Vivificado,
Tornando-se parte do intenso cotidiano das coisas sensíveis.
Necessárias,
Contra os filhos da anti-modernidade fria,
Para viver a vida que constrói sonhos novos
Transformadores,
Não como em fantasias ou contos místicos,
Ou ainda um sonhar onde bruxas e gnomos
Transformam-se em rarefeitas frases ‘punks’ ou ‘trotskistas’
Pichadas em paredes de carências inestimáveis.
Rompam-se então, todos os limites humanos,
Como lava de vulcão,
Na primeira era universal,
Incendiária,
Impávida ao descer a ladeira da imensidão histórica,
Povoando todo sentimento vivo,
Reafirmando,
Sempre,
As mais amplas liberdades democráticas.
Do Homem

Marden Ramalho
1998

Flávio Dino é recebido com muito entusiasmo em visita ao Sul do Maranhão



Segundo colocado na disputa pelo Governo do Estado, o deputado federal, Flávio Dino (PCdoB/MA) encerrou neste sábado na cidade de Açailândia uma agenda de visitas ao interior do estado em agradecimento à expressiva votação que obteve nas cidades do sul do estado. O parlamentar foi recebido com muito entusiasmo pela população. Ele também reuniu-se com lideranças políticas e religiosas e concedeu entrevistas para jornalistas da região.

A visita ao sul do Maranhão teve início nesta quinta-feira pelas cidades de Imperatriz e Balsas. Sexta-feira ele visitou Riachão, Feira Nova, Carolina e Estreito, Neste sábado retornou a Imperatriz e concluiu a viagem de agradecimento aos eleitores na cidade de Açailândia. Por onde andou, o parlamentar disse ter sido acolhido com muito carinho e entusiasmo por apoiadores e eleitores. Flávio classificou a atividade de “uma experiência especial e inesquecível”. “Fazer caminhada e ser aplaudido após uma eleição renova o meu ânimo para seguir adiante”, afirmou.

Em Balsas, onde obteve 48,91% dos votos, Flávio Dino fez uma grande caminhada pelo centro comercial da cidade. Muitas pessoas foram às ruas para aplaudi-lo e abraçá-lo. Outra cidade de onde saiu vitorioso foi Estreito. Lá ele obteve 4.918 votos. “Fiz questão de voltar a essas cidades para reforçar o meu sentimento de gratidão com essa pessoas e o meu compromisso com essas cidades, que não se encerrou em 3 de outubro ao final das eleições”, garantiu. A ex-companheira de chapa de Flávio Dino, Miosótis Lúcio, também integrou a caravana.

Prêmio

Nesta segunda-feira, Flávio Dino estará em Brasília onde participa da solenidade de entrega do Prêmio Congresso em Foco. O deputado maranhense está entre os melhores parlamentares da legislatura, segundo o site responsável pela premiação. Ele é o único deputado de primeiro mandato a ser indicado quatro vezes para o prêmio Congresso em Foco.

Fonte: ASCOM - PCdoB

Flávio dino recebe mais uma vez o Prêmio Congresso em Foco de Deputado mais atuante



Levantamento feito pelo jornalista Rogério Tomaz Jr, do blog Conexão Brasília-Maranhão, entre os anos de 2007 e 2010, aponta que Flávio Dino é o único deputado federal de primeiro mandato no Brasil a receber o prêmio Congresso em Foco em todos os anos dessa legislatura. Dos 513 parlamentares atualmente no Congresso, apenas dez receberam o prêmio em todos os anos de mandato. Além de Flávio Dino,aparecem na lista os deputados Chico Alencar (PSol-RJ), Fernando Gabeira (PV-RJ), Gustavo Fruet (PSDB-PR), Ivan Valente (PSol-SP), José Carlos Aleluia (DEM-BA), José Eduardo Cardozo (PT-SP), Luciana Genro (PSol-RS), Luiza Erundina (PSB-SP), Maurício Rands (PT-PE).

Este ano é a quarta vez que Flávio Dino aparece entre os dez deputados mais atuantes do Congresso Brasileiro. Ele também é finalista em duas categorias especiais: combate à corrupção e defesa da democracia. Os vencedores dessas categorias serão conhecidos apenas no dia 22 de dezembro, quando será realizada a cerimônia de premiação. Os deputados que foram premiados mais de três vezes nessa legislatura também receberão homenagens especiais.

O Congresso em Foco é uma agência de notícias especializada na cobertura do parlamento brasileiro. Em sua quinta edição, o prêmio homenageia os deputados e senadores que se destacaram no serviço ao povo brasileiro e em questões específicas como promoção da educação e combate à corrupção, por exemplo. No ano passado, Flávio Dino foi premiado ainda como o deputado brasileiro que mais combateu a corrupção. A votação é feita por jornalistas que cobrem o Congresso diariamente e, posteriormente, por internautas.

Para Flávio Dino, além de ser uma forma de prestar contas do exercício do seu mandato à sociedade, o prêmio ajuda a aumentar a crdibilidade da atividade política brasileira. "No lugar de denúncias, escândalos e ilegalidades, ganham visibilidade as boas idéias e os bons projetos que existem em grande quantidade na política", avaliou.

A premiação será na segunda-feira, 22 de novembro.

Fonte: ASCOM - PCdoB

19 de novembro de 2010

Após agredir brasileiros, maníaco da RBS é duramente criticado no senado



A senadora Ideli Salvati (PT-SC) condenou, nesta semana, o comentário preconceituoso do um colunista Luiz Carlos Prates, da RBS de Santa Catarina, afiliada da Globo.

O discurso contundente da senadora mostra o peso do preconceito e do reacionarismo, especialmente em Santa Catarina, estado onde Ideli Salvati perdeu as eleições para o governo do estado para o candidato do DEM, Raimundo Colombo.

Ideli referiu-se com mais ênfase aos trechos notoriamente preconceituosos e inaceitáveis numa concessão de serviço público, que é a televisão.

Em seu pronunciamento, Ideli usa a imagem da casa grande e a senzala para ilustrar a luta de classes no Brasil e pauta de forma contundente o combate aos preconceitos: de classe, de gênero, étnico, entre outros.

O senador Magno Malta (PR-ES) também interviu, durante a fala de Ideli, lembrando que a televisão é uma concessão e, portanto, a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) do Senado deveria chamar o dono da RBS às falas.

O jornalista Paulo Henrique Amorim, em seu blog, destacou que o senador Magno Malta também é presidente da CPI da Pedofilia, e sugeriu que o senador aproveite a viagem do dono da RBS a Brasília para discutir o estupro que o filho de um dos donos da RBS de Santa Catarina cometeu contra uma adolescente.

Da redação, com Conversa Afiada e blogs

18 de novembro de 2010

Audiência proposta por Rubens Jr. (PCdoB) discute Conselho Estadual de Comunicação


Deputado Rubens Jr., ladeado por Francisco Gonçalves e Carla Georgina

A Assembleia Legislativa iniciou, nesta quinta-feira (18), uma série de debates que tem como tema principal a criação do Conselho Estadual de Comunicação. A audiência pública, proposta pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e realizada na Sala de Comissões da AL, reuniu representantes do governo do Estado, Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, Universidade Federal do Maranhão (UFMA), além de jornalistas que trabalham nos mais variados veículos de comunicação do Estado.


Todos tiveram a oportunidade de apresentar as suas considerações acerca do tema e de contribuir com sugestões para que, caso seja realmente implantado, o Conselho funcione como um mecanismo eficiente de formulação de políticas públicas na área da comunicação.


“O encontro alcançou o seu objetivo, que foi ouvir a opinião de todos os agentes envolvidos com o tema. Logicamente que a discussão não pára por aqui. Como defensor da criação do Conselho Estadual de Comunicação, continuarei promovendo este debate”, afirmou o deputado.


Algumas colocações ou questionamentos – a forma como o Conselho será regulamentado, sua composição, seu posicionamento como órgão regulador dos veículos de comunicação, seu papel de influenciar na divisão dos recursos públicos destinados pelos governos (estadual e municipais) para a comunicação institucional – nortearam as discussões entre os participantes da audiência, que se mostraram favoráveis à criação do Conselho Estadual de Comunicação.


“Determinar as atribuições do Conselho, assim como a forma que ele será regulamentado, é fundamental para que, de fato, tenhamos um espaço promover de políticas públicas eficientes e assegurador do direito à informação”, avaliou o jornalista e professor da UFMA, Francisco Gonçalves.


Mostrando-se totalmente favorável à criação do órgão, o também professor da UFMA, jornalista Ed Wilson Araújo, disse que o Conselho, ao invés de censurar, terá papel fundamental em questões como a divisão dos recursos públicos destinados para o setor da comunicação institucional. “Outro ponto importante é fazer com que o Conselho do Maranhão, diferentemente de outros Estados, não fique amarrado ao poder público, seja ele o Executivo ou o Legislativo”.


Leonardo Monteiro, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, também ressaltou a importância de se criar um Conselho com total autonomia para desempenhar as suas funções.


Já Carla Georgina, secretária estadual adjunta de Comunicação, fez questão de elogiar a iniciativa do deputado Rubens Pereira Júnior em promover o debate. “O governo do Estado apoiará qualquer iniciativa que visa democratizar a informação, o que, com toda a certeza, beneficiará os maranhenses”.


Ao final da audiência Rubens Pereira Júnior sugeriu que seja criado um grupo de trabalho que continue a discutir e encaminhe ao governo do estado um anteprojeto criando o Conselho Estadual de Comunicação.


ENTENDA O CASO


O deputado Rubens Pereira Júnior propôs o debate sobre a criação do Conselho Estadual de Comunicação com base no que assegura o Artigo 224 da Constituição Federal e no que foi proposto e aprovado na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom).


A Constituição Federal, no seu Artigo 224, prevê que: para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei, com direito a criação de órgãos correlatos nos estados, a exemplo dos demais conselhos nacionais.


Segundo o deputado, hoje, existem conselhos municipais, estaduais e nacionais, nas mais diversas áreas, seja na Educação, na Saúde, na Assistência Social, entre outros. Portanto, um Conselho Estadual de Comunicação será, assim como os demais Conselhos, um espaço para que a sociedade civil, em conjunto com o poder público, tenha o direito de participar ativamente da formulação de políticas públicas e de repensar os modelos que hoje estão instituídos.


Além disso, de acordo com Rubens Júnior, a criação do Conselho é uma reivindicação histórica dos movimentos sociais, organizações da sociedade civil, jornalistas e de setores progressistas do empresariado que atuam pela democratização da comunicação no país.

Fonte: Ascom - AL/MA

No Jornal Valor Econômico, Maria Inês Nassif fala sobre "A encrenca de uma coalizão muito ampla"



Não é bom ter o PMDB como amigo. Pior ainda tê-lo como inimigo. A presidente eleita, Dilma Rousseff, já deve ter percebido o tamanho do barulho que o PMDB faz e a enorme capacidade do partido de desferir golpes rápidos e certeiros em seus aliados, quando o assunto é participação na máquina do governo. Sozinho, o PT, com sua bancada de 88 deputados na Câmara, será incapaz de se contrapor a isso. E não parece ser do perfil da eleita dar nó em pingo d'água, como conseguiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à base da estratégia uma no cravo, uma na ferradura.

Pragmático, o presidente Lula, já na formação de seu primeiro governo, acenou para a sociedade como se sua eleição tivesse sido o produto de uma aliança política mais ampla do que realmente foi. A escolha de ministros comprometidos com a política ortodoxa, no campo da economia, teve a compensação que poderia dar naquele momento, diante da grave crise econômica que o Brasil atravessava: a imediata execução do Programa Fome Zero, posteriormente Bolsa Família, que integrou todos os programas de transferência de renda existentes.

O lado mais curioso dessa ampla coalizão (do ponto de vista da diversidade ideológica dos partidos aliados) foi a solução dada por Lula à Agricultura. Lula tomou o agronegócio como prioridade de governo e manteve o Ministério da Agricultura nas mãos de pessoas ligadas aos grupos ruralistas, que deram ao seu governo mais trabalho do que apoio no Congresso. No outro lado da balança, manteve um Ministério do Desenvolvimento Agrário sempre nas mãos de ministros ligados a movimentos sociais pela reforma agrária. A síntese dessa contradição foi um grande apoio ao agronegócio, mas uma política ativa de crédito e transferência de tecnologia voltada para a pequena propriedade e para a agricultura familiar. O Ministério de Desenvolvimento Social trabalhou articuladamente com o MDA junto a essas famílias, que pelo menos no início do governo estavam inseridas nos bolsões de miséria sob a mira das políticas sociais do governo. Agora já devem ter subido um pouco na escala social.

Dilma define políticas públicas antes de escolher nomes
Lula manteve sob permanente conflito o Ministério da Defesa, no segundo mandato sob a batuta de Nelson Jobim, e a Secretaria Especial de Direitos Humanos, primeiro sob Nilmário Miranda, depois sob Paulo Vannucchi, ambos comprometidos com o "direito à memória e à verdade", ou seja, o esclarecimento das mortes, desaparecimentos e torturas ocorridas durante a ditadura militar (1964-1985). Mais do que seus antecessores, Jobim intermediou as pressões dos militares para deixar as coisas como estão.

No segundo governo, Lula levou às pastas da Economia essa lógica do confronto. Caiu Antonio Palocci, que manteve no Ministério da Fazenda os quadros do governo de FHC e a formulação de política ortodoxa, e colocou Guido Mantega, "desenvolvimentista" - mas com o contraponto de Henrique Meirelles no Banco Central. Acabou dando certo durante a crise a política de forte intervenção do Estado na economia, via Mantega, e de curva muito lenta de declínio dos juros, via Meirelles. Mas o câmbio certamente pagou por isso.

No primeiro mandato, o confronto nas posições de política econômica incluiu também a Casa Civil, sob o comando de José Dirceu. A guerra, aí, não era apenas entre posições sobre política econômica diferentes, mas uma disputa pelo poder no governo e no PT. Com a queda de Palocci e a ascensão de Dilma à Casa Civil, esse foco de conflito diluiu-se e mais tarde, no auge da crise, houve um grande movimento de consenso entre Fazenda, Casa Civil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em torno de medidas anticíclicas que se mostraram mais eficientes do que a política ortodoxa adotada no governo anterior como resposta a sucessivas crises internacionais.

O bloco que está sendo articulado pelo PMDB com os pequenos partidos de direita na Câmara pretende puxar o governo para um ministério não apenas com muitos pemedebistas, mas mais conservador e menos progressista, em relação à dosagem feita por Lula. Para o PT, existe a opção de fazer também um bloco à esquerda, com os pequenos partidos de esquerda, mas ainda assim organizaria um bloco menor do que o conseguido pelo PMDB.

Resta saber como Dilma reage a esse tipo de pressão. Até o momento, pelas notícias saídas da equipe de transição, ela parece não ser partidária da lógica do conflito, que definiram, ao fim e ao cabo, os resultados do governo Lula. Dilma tem feito primeiro as formulações de políticas públicas. Os nomes, ao que tudo indica, virão depois de definido o rumo que ela quer para cada área. Na política econômica, já deixou claro que não trabalhará com a contradição entre política econômica heterodoxa e política financeira ortodoxa. É certo que o Brasil é outro - e Lula assumiu sob um quase default -, mas a presidente eleita declarou, com todas as letras, que perseguirá uma política de juros menores. O presidente do BC terá de se adequar a isso. Tem expressado também que aprofundará as políticas sociais de transferência de renda. Agora, é ver com adequa as políticas à escolha dos nomes.

A articulação de setores do DEM para incorporar o partido ao PMDB é assunto que, nesse momento, voltou para a gaveta. A avaliação feita pelo partido, na reunião da Executiva ocorrida na terça-feira, é a de que a articulação foi comprometida pela precipitação de alguns setores. Isso teria de ser articulado com muita habilidade, sob pena de provocar grandes resistências de diretórios regionais. E foi o que acabou acontecendo.

O interesse mais imediato na história é do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. E a quem a maioria atribui a culpa de ter levado o partido a apoiar José Serra, contra a convicção de quadros políticos importantes, de que o tucano paulista teria poucas chances de vitória. O filme do prefeito está um pouco queimado. E a discussão do que fazer com o partido foi adiada para depois da posse do novo Congresso.

Maria Inês Nassif é repórter especial de Política

Fonte: Valor Econômico

Sociedade Recreativa Escola de Samba Marambaia lança Ponto de Cultura em sua Sede no BF

Clique na foto para ampliar a imagem.

17 de novembro de 2010

CTB promove em São Paulo o 1º Encontro Nacional de Combate ao Racismo



A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) promove o seu 1º Encontro Nacional de Combate ao Racismo, denominado “Percepções e os Novos Desafios para o Enfrentamento e Superação da Discriminação Racial e do Racismo no Mercado de Trabalho”. O evento que acontece nos dia 22, 23 e 24 de novembro, em São Paulo.

O Encontro de caráter nacional terá a participação de lideranças e dirigentes sindicais representantes de associações, instituições sindicais filiadas CTB, além de contar com a participação de convidados representantes de movimentos sociais, ativistas do movimento negro e representante de instituições públicas e privadas que atuam, afirmativamente, junto à população negra, alem da parceria com terá a Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e a Coordenadoria dos Assuntos da População Negra da Prefeitura de São Paulo (Cone).

De acordo com a secretária de promoção da igualdade racial da CTB, Valmira Luzia, o encontro consolidará a construção da rede nacional de luta pela igualdade organizando o movimento sindical para a construção de uma intensa campanha pra a implementação de cláusulas nos acordos coletivos que auxiliem a promoção da igualdade das relações de trabalho e combatam o racismo e a discriminação ampliando a geração de renda e oportunidades para trabalhadores e trabalhadoras negros e negras, nos mais diversos segmentos da sociedade.

A partir dessa ação, a CTB acredita poder intensificar os processos de luta contra o assédio moral e discriminação junto às Superintendência Regionais do trabalho e Emprego e Ministério Publico em todo o país. A CTB acredita ser importante lutar também pela ampliação das políticas públicas ditas generalistas.

O objetivo da atividade é refletir, avaliar e contribuir para a agenda dos movimentos sociais no enfrentamento, combate e a consequente superação do racismo a partir das novas configurações do mercado de trabalho. O principal instrumento nesta luta, para a CTB, é o Estatuto da Igualdade Racial, que depois de tramitar por quase uma década na Câmara e no Senado, foi sancionado pelo presidente Lula e está em vigor desde o dia 20 de outubro.

O encontro terá dois pilares fundamentais: “Trabalho, Globalização e Racismo” e o “Estatuto da Igualdade Racial: Limites e Possibilidades”. Além de um espaço de reflexão e análise dos avanços obtidos pela militância sindical anti-racismo e pelo movimento negro na luta pela promoção da igualdade racial, o encontro pretende debater também os desafios para garantir a criação de oportunidades e garantia de equidade social para a população negra no Brasil.

Serviço

Encontro “Percepções e os Novos Desafios para o Enfrentamento e Superação da Discriminação Racial e do Racismo no Mercado de Trabalho”

Data: 22, 23 e 24 de Novembro de 2010

Local: Espaço da Cidadania André Franco Montoro – Pateo do Colégio, 184 – Centro – São Paulo/SP

Mais informações: (11) 3106-0700 ou katiajackson@portalctb.org.br

Programação

Dia 22 de Novembro – Segunda

19h00 ABERTURA SOLENE – Saudação de lideranças e organizações convidadas

20h00 Conferência 1 – “Percepções sobre a Globalização e Racismo no Mercado de Trabalho”

21h30 Coquetel

Dia 23 de Novembro – Terça
9h00 Conferênca 2 – “Estatuto da Igualdade Racial – Capítulo V, Do Trabalho: Limites e Possibilidades”.

12h00 Almoço

14h00 Conferênca 3 – “A Ação Sindical no Combate ao Racismo: Avanços e Desafios”

20h Atividade Cultural

Dia 24 de Novembro – Quarta

9h00 Plenária Final

17h00 Encerramento do Encontro


Fonte: www.sinproesemma.com.br

12 de novembro de 2010

Chega de Balela. Embusteiros da mídia tentam criar clima de terror no Brasil



Chega dessa balela de que a liberdade de imprensa estaria ameaçada no Brasil. Este é e sempre foi o embuste utilizado por seletos grupos sociais, possuidores da grande propriedade cruzada dos meios de comunicação social no País, para manter intactos, formato e conteúdo, de tudo aquilo que nunca foi tratado acerca da questão da mídia e sua regulação nacional. Ou seja, na boa linguagem do movimento, o mercado é que tem criado tudo até hoje. O mercado de maneira onipresente e onipotente se auto-regula sem qualquer tipo de importunação. Nada mais soberbo.

Só que há detalhe hoje importante. A sociedade reagiu a tudo isso e pôs a questão na roda para sobre o prisma da democracia, entender e destrinchar o caminho para a evolução do setor considerado estratégico no País. Tal postura ajudou e poderia ajudar mais não apenas no que diz respeito aos empresários, mas, principalmente, naquilo que representa o conjunto da sociedade, que, em essência, é o verdadeiro proprietário titular da área e que por concessão por meio do Congresso Nacional passa aos empresários o direito de explorar comercialmente o setor. Por isso mesmo, devem aqui, na origem, satisfações à sociedade. O caso é que não há. O que certamente há, é muita hipocrisia e demagogia em torno do tema.

Acabo de ler trechos de espécie de Documento-Resolução aprovada na 66ª Assembléia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa, SIP, em Mérida, no estado mexicano de Yucatán. Basicamente a SIP manifesta no Documento preocupação com aquilo que chama de 'mecanismos de controle governamental sobre as liberdades dos meios de comunicação', no País. Repetem a três por quatro também que a liberdade de imprensa esta sob constante ameaça no País; que temos que livrar o Brasil do Plano Nacional de Direitos Humanos – 3 (PNDH-3), Etc, Etc, Etc,...

Como verdadeiras maritacas conservadoras essa gente tem atuado com a ideia principal de desqualificar todo o ambiente construído até hoje com o foco na democracia, como por exemplo, o recente Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, em Brasília há duas semanas; a 1ª Conferência Nacional de Comunicação e suas Resoluções aprovadas e, por fim, não querem nem saber da criação dos Conselhos Estaduais de Comunicação.

Até aqui não há surpresas. Mas o que se percebe é que a posição manifestada pela SIP apenas constata a firmeza e a demonstração de até onde poderiam chegar os seus 1.300 membros, todos aptos e prontos para a ação na defesa do que eles entendem sobre o que seja ‘liberdade de imprensa’. O que é grave é o fato de tentarem perigosamente criar certo ambiente subjetivo na sociedade para o que dizem ser ‘graves denúncias’ de situação que estaria em curso no Brasil e que levaria ao controle das atividades empresariais na exploração do conjunto de mídias brasileiras. Assim agem. Nem que para isso tenham que jogar irresponsavelmente pra cima, até suposta denúncia de ‘censura’, com a proposta relacionada à regulação.

Mas, como pode haver censura se até o momento o que se tem é um ambiente de verdadeira concentração da propriedade dos meios. A sociedade, que é dona, não tem acesso aos meios, que ficam concentrados nas mãos de poucos. E o que é mais grave no Brasil, é que a propriedade dá-se de maneira cruzada, restringindo ainda mais o acesso.

Ora, esse tipo de postura é uma irresponsabilidade sem tamanho. Tentam colocar fogo na sociedade. Esse, aliás, é tema que já amadureceu em países como EUA, França, Inglaterra, China, e outros, considerados centros mundiais modernos. No Brasil não deve ser diferente. O que o País vive agora é tão somente o amadurecimento da democracia sob feição brasileira. Os brasileiros têm direito a isso como uma necessidade histórica.

Dialeticamente, a chegada a esse ‘novo marco’ não deve ser entendido do ponto de vista estanque, pois não surge agora, de uma hora para outra, da cabeça de ‘iluminados’, e se instala sem mais nem menos. Trata-se de amplo, profundo e histórico debate que vem sendo construído a muito, por dentro, junto a setores nacionalistas, democráticos e populares do País. Hoje, toma conta de toda a sociedade.

Em recente trabalho monográfico na Universidade Federal do Maranhão, UFMA, tive a oportunidade de estudar e constatar a existência de ‘ditadura’ do tipo midiática no Brasil e que seria liderada exatamente, por grandes grupos de empresas do setor. Eles atuam organizadamente, a exemplo da SIP, têm objetivos táticos e estratégicos semelhantes, movimentam bilhões de dólares anualmente e estão enraizados na sociedade como ervas daninhas e caminham carregados de pólvora prontos para estourar no meio de todos.

A verdade é que têm medo da verdadeira liberdade de imprensa. Essa é a questão central que está por trás dos consensos e enfrentamentos de todo tipo ao longo de décadas no Brasil e no mundo. O país vive momento de ampla e franca expansão desenvolvimentista. A democracia vai junto. Ou alguém tem alguma dúvida sobre isso?

Nunca a sociedade brasileira participou da construção dos rumos que o País deve tomar em todos os setores e níveis, como na atualidade. Isso, embora a SIP tente, não pode apagar ou negar jamais.

É em cima desses e, é claro, de outros argumentos, que a sociedade se movimenta e se posiciona, com o claro sentido de ampliar o debate, mas incluir setores sociais antes isolados, deixados à margem de tudo, no circuito. Daí os inúmeros espaços e fóruns de consulta que o governo brasileiro adotou nos últimos 08 anos para formular as políticas públicas para o setor.

O Brasil não pode cair na cantilena dos embusteiros de plantão e sua paranóica e fantasmagórica limitação à liberdade de imprensa no Brasil. O País deve sim encarar o debate e reforçar para ampliar os caminhos e, sem meandros, definir o que deve ser adotado na questão da regulação do setor de comunicações do País o quanto antes sob o risco mesmo de o País não avançar na construção democrática nacional.

10 de novembro de 2010

Paulo Henrique Amorim diz porque Protógenes Queiróz será Deputado Federal



O ínclito delegado Protógenes Queiroz informou que entrará com recurso contra a delirante decisão que o atinge.

O ínclito delegado lembra que o direito de ser diplomado deputado federal não se prejudicará com a decisão delirante.

Lembra também que assumiu na campanha o compromisso de subir à Tribuna e, protegido pela imunidade parlamentar, tratar de capítulos sombrios escondidos no sigilo da Operação Satiagraha.

Protógenes desconfia que o juiz autor da delirante decisão tentou proferir a sentença antes da eleição para enquadrar o ínclito delegado na Lei de Ficha Limpa.

O objetivo não foi alcançado.

O ínclito delegado lembra que existe uma espécie de ofensiva que, por coincidência, beneficia o passador de bola apanhado no ato de passar bola: Daniel Dantas.

Uma decisão da Justiça que beneficia Ricardo Sérgio de Oliveira, um dos heróis do livro “Os Porões da Privataria”, de Amaury Ribeiro Júnior.

O lançamento de um livro igualmente delirante que tenta desqualificar o ínclito delegado.

E agora, essa delirante decisão.

O banqueiro condenado a 10 anos de prisão por tentar passar bola para um agente da Polícia Federal continua solto como um pardal.

E em plena atividade.

Como previu este ordinário blogueiro, Daniel Dantas brevemente será homenageado com uma sessão solene promovida pelo jornal O Estado de SP, a que comparecerá Fernando Henrique Cardoso, que o considerou “brilhante”.

A festa servirá os vinhos da adega do Ricardo Sérgio.

O responsável pela segurança será o ex-deputado Marcelo Lunus Itagiba.

Protógenes passará 3 anos da vida cuidando de queimaduras.

Fausto De Sanctis de aposentados em litígio com o INSS.

E Paulo Lacerda abrirá uma loja de pasteizinhos de Belém, na Barra da Tijuca, no Rio.

Viva o Brasil !


Paulo Henrique Amorim

Fonte: www.conversaafiada.com.br

9 de novembro de 2010

Barbárie no Maranhão: troca de tiro, rebeliões, cabeças cortadas, assassinatos marcam o dia a dia do estado. Sociedade pede socorro.


















Foto:Gilson Teixeira/ASCOM/SSP, no Blog do jornalista itevaldo jr.


É negativa a repercussão dos episódios de violência que ocorrem neste momento em São Luís e no estado do Maranhão. A ‘olhos’ distantes, o Maranhão é terra sem lei há muito tempo. E terra onde a lei não impera torna-se ambiente ideal para que o crime realize seus ‘empreendimentos’.

Não cabe aqui uma visão do tipo apocalíptica, mas uma exclamação é necessária: há algo errado aqui.

Ou não?

É verdade que a violência está aí, independente do que vêm nossos olhos. Mas é pior quando se dá o ato violento e tal ato é mostrado na televisão, no rádio, na internet, nos jornais. Parece que a comoção torna-se não apenas maior, mas ao mesmo tempo, mais intensa. O pânico toma conta das pessoas e se transforma em terror para a sociedade.

Na penitenciária neste exato momento em que escrevo estas linhas a Força Nacional troca tiros no interior da penitenciária de pedrinhas. Na madrugada, pelo menos dez presos foram assassinados, numa parte chamada de ‘fundão’ que fica dentro do complexo penitenciário. E não apenas isso. Foram mortos com requintes de crueldade pelos próprios detentos amotinados. Não se sabe ao certo, mas deve haver pelo menos mais seis corpos no interior da cadeia, talvez até com cabeças cortadas, degoladas, cortes profundos e outras crueldades desumanas.

Na verdade: barbárie!!!!!!



Os números não negam e agravam-se no dia a dia. Já são 12 assassinados pela pistolagem, 62 homicídios em São Luís, 34 mil ocorrências policiais no Maranhão, o Relator da CPI do Sistema Carcerário da Câmara Federal, diz: “Isso aí é uma carnificina.”

No Domingo, um delegado trocou tiro com índios amotinados às margens da MA-222. Teve o dedo decepado e levou um balaço no peito, mas está fora de perigo. O delegado conseguiu acertar outros cinco índios.

As ruas de São Luís e de outras tantas cidades do interior do estado padecem com a chaga da violência. Nem dentro dos presídios tem-se garantias de segurança.

Isso sem falar de assaltos a bancos, extorsão, seqüestros relâmpagos, roubos, corrupção, tráfico, são crimes que comumente tomam de conta do noticiário. E nós, cidadãos, estamos aqui, indefesos, a mercê de situações graves e humilhantes como esta.

Isso é comum? Bom, comum ninguém já não duvida mais que seja. Mas a pergunta que não quer calar não é essa, e sim a seguinte: até quando a sociedade aguentará calada?

8 de novembro de 2010

No Sítio do Grabóis, Elias Jabour detona "China eleva investimento social para moldar o mercado interno"



Nos últimos anos a China investiu US$ 4 bilhões em um sistema único de saúde, nos moldes do SUS brasileiro, voltado para o interior do país. Este ano, o aumento salarial médio ficará em cerca de 20%. Alguns setores tiveram 100% de reajuste.

As informações são do geógrafo social Elias Jabbour, ex-assessor econômico da Presidência da Câmara dos Deputados. Ele está de mudança para o Rio, onde a partir de 2011 vai ser professor visitante da faculdade de Economia da Uerj.

Para Jabbour, as medidas não são atos de benevolência do governo, mas fazem parte de uma política deliberada para uma guinada para o mercado interno, que inclui a formação de uma rede de proteção social.

Em entrevista exclusiva ao Monitor Mercantil, Jabbour também negou que a China esteja se tornando imperialista em regiões como África e América Latina: "Apesar da questão do emprego, o país está transferindo tecnologia para Nigéria e Angola, onde explora petróleo", disse.

A China está se tornando imperialista? O professor Carlos Lessa chegou a compará-la com a Inglaterra vitoriana.

Não. Existem questões que não se explicam puramente pela economia, ou seja, pelo processo de acumulação. Lessa fala da Inglaterra vitoriana, mas esquece que esta mesma Inglaterra invadiu e saqueou a China, país que nunca foi imperialista.

Há 600 anos o país viajou pelo mundo simplesmente para fazer trocas, ao contrário dos países anglo-saxões e ibéricos. Outra coisa: diferentemente dos Estados Unidos, a relação entre terra e homem na China não foi propícia para uma cultura de dominação do homem sobre a natureza, como no Mediterrâneo Ocidental e outros lugares.

A China se formou com o confucionismo e taoísmo, duas culturas altamente tolerantes. Pelo histórico cultural, não dá para dizer que a China será imperialista. Com exceção do Vietnã, em 1969, a China nunca teve uma guerra fora de suas fronteiras.

Não há risco de a questão econômica se sobrepor à cultural?

A China usou sua água, seu petróleo, seu gás e seus minérios. A partir de um momento, houve uma internacionalização de fatores. A questão é como a China irá conseguir o que precisa para seu suprimento energético. Existem várias formas consagradas pela história, entre eles guerra, dominação cultural e "consensos", como o de Washington, voltado para a satisfação material dos países centrais. Por enquanto, não se vê nenhum consenso na África ou na América Latina impondo câmbio flutuante, juros altos, superávit primário. Ou seja, cartilhas de dominação para que os chineses levem vantagem.
Mas a China está gerando empregos para africanos e latino-americanos?

A questão da geração de empregos precisa ser enfrentada, mas, claramente, os chineses estão transferindo tecnologia para Nigéria e Angola. A presença da China na África e na América Latina tem de ser analisada sob ponto de vista do século XXI, que, na minha opinião, vai ter como base a formação de uma economia continental chinesa nos mesmos moldes da economia continental norte-americana, formada no século XIX. Isso terá impactos surpreendentes no mundo.

A China faz empréstimos para a África sem nenhuma condicionalidade. Dá US$ 10 bilhões para Angola em troca de petróleo, por dez anos, com juros de 1% ao ano. Essa é uma relação imperialista? Acho que não. Existe um salto de qualidade muito grande com a presença da China no mundo de hoje. Sem o país, talvez tivéssemos até hoje o Consenso de Washington escravizando a América Latina.
O modelo chinês conseguirá manter crescimento acelerado voltando-se para o mercado interno?

Sou contra a expressão "modelo chinês". A China pratica o que deu certo em qualquer país periférico, como no Brasil entre 1930 e 1980. Existem leis consagradas de desenvolvimento econômico.

Por exemplo, não há como entrar no jogo do comércio internacional sendo um país periférico, com um processo de industrialização mais fraco que os desenvolvidos, sem se proteger. Isto é lógico.

Mas há atributos do caminho chinês: primeiro, o caráter periférico, que leva a China a se proteger através do câmbio e dos juros; depois, o tamanho do mercado interno. A China pode crescer para fora, a partir de exportações e importações e, de uma hora para outra, girar o compasso para dentro do país. Isso aconteceu durante a crise asiática, quando apelou para o gasto público, como forma de compensar a fragilidade do mercado interno.

Como isso foi feito?

O país investiu U$ 560 bilhões (10% do PIB) em infraestrutura, entre 1997 e 2004. Hoje, a taxa global de investimento na China chega a 45% do PIB. Mas o país tem uma contradição em relação a seus vizinhos asiáticos, que, em geral têm 50% do PIB formado pelo consumo.

Apenas um terço de seu PIB é consumo. Dois terços são comércio exterior e investimentos. Então, a China vai passar por um processo longo de transição de um modelo pautado por investimento em infra-estrutura e exportações para outro, baseado pelo consumo interno. Mas para isso precisa melhorar seu modelo de proteção social. Hoje o chinês é forçado a poupar tudo o que pode por conta da falta de Previdência social.

O que a China está fazendo com relação a isto?

Nos últimos anos a China investiu US$ 4 bilhões em um sistema único de saúde, nos moldes do SUS brasileiro, voltado para o interior do país. Portanto, o resultado vai se dar no médio prazo. Este ano, o aumento salarial no país foi por volta de 20%, até por conta de revoltas, suicídios. Alguns setores tiveram 100% de reajuste. Isso não é benevolência do governo, é uma política deliberada de, no momento em que o mundo anda cheio de incertezas, inclusive uma guerra cambial, começar a pautar o crescimento a partir da economia doméstica.

A China vai ceder e valorizar sua moeda?

Não. A China não é o Japão, que cresceu assustadoramente durante 50 anos sob ocupação estrangeira. Também não é uma Coréia do Sul, que é um semi-Estado nacional. Sempre que a Coréia do Sul intenta uma recuperação, vêm os EUA com seus empréstimos de curto prazo. A China também não é Taiwan. Não irão ceder aos norte-americanos. A tendência é que mexam no câmbio de acordo com suas necessidades e interesses.

O problema do mundo hoje é o câmbio chinês?

Por que não se questiona, por exemplo, uma democracia como a norte-americana, que se mede a partir da capacidade de consumo de seu povo? Se o povo está consumindo bem, a democracia está ótima. Hoje os EUA consomem 40% do petróleo do mundo. Nos últimos anos, gastaram mais de US$ 1 trilhão por ano em uma guerra fora de seu território. O federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está anunciando que vai emitir US$ 600 bilhões. Será que o problema não é essa capacidade de consumo que obriga os EUA a importarem do mundo inteiro? Se os norte-americanos controlassem seus gastos militares e dessem um pouso suave para o consumo, poderíamos ver melhor quais são os problemas do mundo.

Qual sua expectativa em relação à próxima reunião do G20, na Coréia do Sul?

Creio que a guerra cambial vai prevalecer. Não vejo nenhum acordo no horizonte partindo de propostas como mudar a política cambial chinesa ou os EUA colocarem freios em seu consumo interno.
Enquanto a China investe 10% do PIB em logística, o Brasil não chega a 1%. Poderemos chegar ao mesmo destino escolhendo caminhos tão diferentes?

Comparando com a China, percebemos que aqui enfrentamos falsos problemas, como o gasto público e inflação em plena crise. Metade da inflação aqui é preço administrado e alimentos. Existe também a idéia de que precisamos atrair poupança externa. Se continuarmos neste caminho, vamos inviabilizar o governo Dilma. O Brasil tem cultura de que o governo gasta mal e, ao mesmo tempo, está institucionalizada a liberdade do BC para retirar recursos do Tesouro. Mas vamos aguardar. Lula começou ultra-monetarista e terminou com um modelo híbrido.

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Fonte: Monitor Mercantil

7 de novembro de 2010

Joslea Rodrigues é Medalha de Ouro em Panamericano de Jiu Jitsu


Joslea Rodrigues ladeada por outros medalhistas

O Secretário de Estado de Esporte e Juventude, Sousa Neto, recebeu, em seu gabinete, a atleta Joslea Rodrigues, medalha de ouro no Campeonato Panamericano de jiu-jítsu, que aconteceu de 22 a 24 de outubro em Brasília.

O campeonato foi organizado pela Confederação Brasileira de jiu-jítsu Esportivo (CBJJE) e pela Federação Brasiliense de Jiu-Jítsu Esportivo (FBJJE) e contou com a participação de mais de 1.200 atletas de vários países.

Outros dois atletas da Dojô James Adler participaram do evento representando o Maranhão, são eles: Dowver Azevedo Cruz e Gustavo Fontoura. Os atletas trouxeram duas medalhas, uma de ouro conquistada pela atleta faixa roxa e uma de prata do atleta Dowver Azevedo Cruz.

“O apoio da Secretaria de Esporte e Juventude foi fundamental para participar deste campeonato, precisamos de apoio como este para conquistarmos mais títulos para nosso Estado”, destacou a atleta Joslea Rodrigues.

Fonte: SECOM - MA

5 de novembro de 2010

Fundação Maurício Grabóis faz homenagem a Edvar Bonotto

Bela homenagem!

No dia 31 de outubro de 2007 as fileiras comunistas perdiam um de seus mais honrosos entusiastas. Naquela data falecia, às vésperas de completar 43 anos, Edvar Bonotto, secretário de redação da revista Princípios, diretor administrativo e financeiro do então Instituto (hoje Fundação) Maurício Grabois e secretário executivo da Escola Nacional do PCdoB.
Pesquisador das Ciências Jurídicas, Edvar foi, em nosso país, um dos pioneiros no estudo do Direito sob a ótica do marxismo.
Com o fito de celebrar sua memória, a Fundação Maurício Grabois – que intenta lançar em breve um volume reunindo textos de Bonotto – publica a seguir uma singela homenagem a esse valoroso companheiro.
No vídeo abaixo Edvar fala do resgate da memória dos comunistas no Brasil.

Siga o endereço abaixo.

http://www.fmauriciograbois.org.br/portal/cdm/noticia.php?id_sessao=32&id_noticia=4110

Site: Fundação Maurício Grabois

3 de novembro de 2010

Do Vermelho: 'Renato Rabelo afirma que equipe de transição se compromete a ouvir aliados'


Renato Rabelo, Presidente Nacional do PCdoB

Apesar de ser coordenada pelo presidente do PMDB, Michel Temer, e por três lideranças petistas, a equipe de transição para o governo de Dilma Rousseff deverá ouvir todos os partidos aliados — e não apenas PT e PMDB — na hora de tomar as principais decisões. Partiu da própria Dilma a decisão de indicar Temer, seu vice-presidente, como coordenador do grupo, bem como em estabelecer diálogo com todas as forças partidárias que, formal ou informalmente, apoiaram sua candidatura.

Por André Cintra
“Já fui comunicado de que, nessa equipe de transição, há uma pessoa encarregada de manter contatos com os partidos”, afirma ao Vermelho Renato Rabelo, presidente do PCdoB. “O objetivo é definir um programa de governo que leve em conta os pleitos e as ideias de toda a base aliada. Ao ter esse esboço em mãos, Dilma conversará, posteriormente, com cada um desses partidos, completando essa fase que eles chamam de formação para o novo governo.”

Para Renato, um dos desafios de Dilma, eleita presidente no último domingo (31), é não centrar as negociações em torno de cargos. “O PCdoB fica sempre incomodado se a discussão de formação de um governo não é pautada em cima de um projeto. Creio que Dilma está preocupada em debater quais são as medidas mais imediatas, de médio prazo — para aí, sim, ver a contribuição e o papel que cada partido pode ter nesse governo.”

Renato também propõe que, no seio dessa grande composição pró-Dilma, haja a formação de um núcleo de esquerda, com a participação de PT, PSB, PDT e PCdoB. “Não somos só nós que defendemos isso. O PT já falou a respeito, e os outros partidos de esquerda concordam.”

“Como essa frente de apoio a Dilma é muito heterogênea, propomos a articulação de alguns partidos que tenham mais semelhanças entre eles, mais convergências”, agrega o presidente do PCdoB. Um núcleo desse tipo, segundo ele, é importante para frear “as pressões, sempre muito fortes, das forças que querem manter o status quo e truncar as mudanças”.

O dirigente comunista acrescenta que a esquerda não deve apenas lutar pela mera continuidade do governo Lula. “Como a própria Dilma defendeu, é preciso avançar, das passos adiante. Esses avanços dependem de um projeto bem explícito e definido, com foco nas questões mais urgentes da atualidade. Se, por exemplo, houver reformas como a política e a tributária — sempre tão faladas —, é importante lutarmos para que o caráter dessas mudanças seja democrático.”

Na opinião de Renato, o governo Dilma também deverá enfrentar a chamada “guerra cambial”, para fortalecer a competitividade econômica do Brasil no comércio internacional. “Em virtude da herança dessa grande crise financeira que o mundo enfrentou, há uma luta entre forças hegemônica para disputar uma melhor posição comercial.” O Brasil, a seu ver, pode ser um dos mais prejudicados por esse conflito, a ponto de sofrer um processo de desindustrialização.

De acordo com o presidente do PCdoB, cada país tem de considerar a busca por um acordo multilateral, que é a “solução mais correta”. Dilma participará, em 11 e 12 de novembro, da próxima reunião do G20, na Coreia do Sul — mas Renato diz que é preciso ir além. “O Brasil também deveria tomar medidas de defesa. Até agora, nossas ações foram paliativas, como a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que não dá conta de todo o problema.”

A votação dos projetos de regulamentação do pré-sal é outra responsabilidade que deve mobilizar a equipe de transição. “Uma questão como esta, da maior importância estratégica para o país, requer medidas efetivas — mas está tudo parado no Congresso. Dizem até que só vai ficar para o ano que vem.”

Renato adverte, porém, que cabe ao PCdoB, antes de tudo, ouvir a presidente eleita. “Dilma ainda vai dizer o que espera de nós em termos de participação no governo. Apesar de o PCdoB não ser um partido grande, temos uma série de quadros que podem contribuir para esta próxima fase de desenvolvimento do nosso país. Vai ser tudo de comum acordo, mas a iniciativa, naturalmente, é dela, de Dilma — não do partido.”

Fonte: www.vermelho.org.br

Artistas plásticos Fábio Vidoti e Fransoufer apresentam novas criações



Os artistas plásticos Fábio Vidotti e Fransoufer

As artes plásticas estarão em alta no mês de novembro com a abertura de duas grandes exposições em São Luís. Os vernissages dos artistas plásticos Fábio Vidotti e Fransoufer acontecerão nos dias de 04 e 05 de novembro. A promoção é da Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func).

A primeira mostra que será aberta no dia 04, às 17 horas, na Galeria Zaque Pedro, é do escultor e artista plástico Fábio Vidotti. Na exposição “Impressões de Vidotti”, o público poderá conferir dezessete telas e três painéis de reciclagem feitos com sucata de computador. Nas telas foi utilizada a técnica de “óleo sobre tela”, alternado entre espátula, pincel e as próprias mãos, que já marca do artista. Com diversas dimensões, as obras retratam cenas de São Luís, como casarões e antigas fábricas do Anel Viário, Praia Grande, Praça dos Pescadores, além de cenas estilizadas da Beira Mar.

“Apresento ao publico maranhense minhas novas criações e experimentações na arte. O público que visitar a galeria Zaque Pedro poderá reafirmar que minha trajetória na arte é incansável. E, também não poderia deixar passar em branco minha presença em homenagem ao Dia da Cultura que comemoramos essa semana”, comenta Vidotti.

A segunda mostra será aberta no dia 05, às 19 horas, no anexo da Oficina Escola, e é do artista plástico Fransoufer. Intitulada de “Pinturas Recentes”, é composta por trinta quadros de grandes dimensões (1,60 x 1,60 m) cada, com temas variados que vão da Mitologia Grega a cultura popular. De estilo próprio e inconfundível, Fransoufer utiliza a técnica “acrílico sobre tela”.

“Dessa vez, eu me dei o luxo de inovar. Estou fazendo agora a minha primeira ‘Bienal’. Faz dois anos que não exponho, e a minha intenção agora é expor assim, a cada dois anos. Simultânea a essa exposição haverá pequenas mostra em outras galerias da Cidade”, explica Fransoufer.

Desde 2009, a Func mantém vivo o ímpeto criativo e a força do legado dos nossos artistas plásticos, com iniciativas que trazem grandes exposições de arte, movimentando o calendário artístico e a agenda cultural da cidade.

“As exposições de arte proporcionam aos artistas plásticos, designers, fotógrafos e pessoas da área, a possibilidade de transferir e trocar experiências e experimentações através de suas expressões de artes. E, o principal favorecido é o público que, por meio das linguagens artísticas, adquirem conhecimento e cultura suficientes para se tornarem sujeitos capazes de opinar sobre esse universo simbólico”, destaca o presidente da Func, Euclides Moreira Neto.

As exposições estarão abertas, gratuitamente, ao público e podem ser conferidas até 30 de novembro, no horário de 9h às 12h e de 14h às 18h. A Galeria Zaque Pedro fica na Rua do Ribeirão, 395 – Centro; E, a Oficina Escola, na Praia Grande, em frente ao Terminal de Integração.


SOBRE OS ARTISTAS:

Fábio Vidotti Filho é descendente de italianos, nascido em 1955, na montanhosa Belo Horizonte (MG), numa família de oito irmãos. Iniciou sua trajetória artística aos 14 anos, quando começou a se envolver com desenhos da época. Apesar de não possuir curso superior, o artista participou de diversos movimentos culturais de diversas linguagens. Já morou em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Desde 1982 fixou residência em São Luís e conquistou o seu espaço dentro das artes plásticas do Maranhão. Apaixonado por São Luís, Vidotti descobriu primeiro na escultura o seu amor pelas artes plásticas. Em sua trajetória já conta com mais de 30 exposições de pintura e 17 exposições de escultura. Em setembro de 2009, o artista recebeu mais uma premiação. Vidotti foi o vencedor do 32° concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís - prêmio Zaque Pedro, com a escultura “Arco de Guerra”. Seu trabalho ficou empatado em primeiro lugar com a obra “O Devir da Poltrona”, pintura de José Almir Valente Costa Filho.


Francisco Sousa Ferreira nasceu em Jaburu, povoado de Bequimão. O seu nome artístico é a mistura dos seus três nomes, resultando em Fransoufer. Entre os 11 e 13 anos, foi transferido da escola que estudava, na sua cidade, para o Grupo Escolar Alberto Pinheiro, em São Luis. Na escola uma professora da disciplina Trabalhos Manuais viu que ele tinha habilidade e o incentivou a fazer trabalhos no próprio colégio, depois na Biblioteca Benedito Leite e em pequenas galerias, e assim ele foi se destacando. Aos 17 anos decidiu expandir seu trabalho e foi em busca disso em Brasília/DF. Lá fez um curso de desenho, no Elefante Branco, atual UNB (Universidade de Brasília), e começou a participar de exposições e também a ganhar prêmios. No currículo do artista, mais de noventa exposições coletivas e individuais no Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Teresina, Rio Grande do Sul, Goiás, Pará, Minas Gerais, além de países como Bélgica, onde foi Menção Honrosa no V Salão Internacional de Artes Plásticas. Fransoufer também tem sido reconhecido pela comunidade científica maranhense. Já foi tema de duas monografias do curso de Educação Artística da Universidade Federal do Maranhão. Os trabalhos mostram, com riqueza de detalhes, a trajetória artística de Fransoufer, destacando o aspecto sócio-econômico e cultural de suas mais recentes atividades.

Fonte: ASCOM - FUNC