12 de fevereiro de 2014

Policiais Federais aderem à paralisação nacional no Maranhão


Foto: Danilo dos Santos
Movimento simboliza 'morte da segurança pública' com caixão e flores; manifestação é realizada em frente à sede da instituição na Avenida Daniel de La Touche, em São Luís


Servidores da Polícia Federal (PF) paralisaram as atividades, por 24 horas, na última 3ª Feira (11), em frente à sede da instituição, situada no bairro de Jaraguá, em Maceió. Exibindo faixas de protesto no estacionamento do prédio, a categoria faz uma série de reivindicações relativas a salários e à carreira dos profissionais, criticando a burocracia no processo investigativo.


Em entrevista ao portal Gazetaweb, o diretor de comunicação do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Alagoas (Sinpofal), Fernando Muniz, salientou que a paralisação é nacional e contempla uma série de atividades, devido à falta de diálogo com o governo federal. O sindicalista ponderou, entretanto, que os serviços relativos à PF, como emissão de passaporte e serviço de investigação, estão sendo prestados com 30% do efetivo.


As reivindicações abrangem a regulamentação em lei das atribuições do policial de nível superior. Por esta razão, segundo os servidores, o salário está congelado desde o ano de 2007 - somente o governo federal tem a prerrogativa de reajustá-lo. “A função do policial é regulamentada por meio de portaria do Ministério do Planejamento. Por isso, nossas paralisações e greves não surtem efeito. Queremos que tudo seja legalizado”, afirmou Muniz.


Os trâmites burocráticos de uma investigação também são outro ponto elencado pelo diretor. Segundo ele, todo o processo dura, em média, seis anos.


A categoria cobra, ainda, a aprovação da PEC 361 (Projeto de Emenda Constitucional), que transforma a Polícia Federal em FBI brasileiro, tendo em vista a celeridade no processo investigativo, prisão e condenação de acusados em crimes diversos.


Sindicalista cobra canal de diálogo com governo federal


“Também queremos chamar a atenção do governo quanto a mudanças na Lei 9.266/96, por meio da qual agentes serão tratados como profissionais de nível superior. Gostaríamos que a presidenta Dilma Rousseff encaminhasse uma Medida Provisória [MP], sobre as atribuições dos servidores. Caso isso ocorra, vamos encerrar a paralisação e, se não recebermos nada, haverá outras paralisações nos dias 25 e 26 de fevereiro”, assinalou Fernando Muniz.

Em outros estados

Outros estados também já aderiram à greve, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Paraíba, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

Apesar da paralisação, serviços de emissão de passaportes, fiscalização em aeroportos e nas fronteiras não serão afetados, ao contrário dos serviços de investigação, controle de produtos químicos e liberação de empresas de segurança, segundo informou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Jones Borges Leal.

Ainda de acordo com a Fenapef, a estimativa é a de que até sete mil policiais federais de todo o País cruzem os braços nesta terça, de um total de 10 mil profissionais.

Fonte: http://fenapef.org.br/fenapef/noticia/index/44164

Nenhum comentário: