20 de fevereiro de 2014

Em Coroatá, prefeita ataca direitos e trabalhadores saem às ruas para protestar

Trabalhadores revoltados em frente á prefeitura de Coroatá
Trabalhadores em educação substituíram as salas de aulas pelas ruas de Coroatá, nesta quarta-feira (19), para denunciar o descaso da gestão da prefeita Tereza Murad no setor educacional. A concentração do ato público começou por volta das 8h, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e seguiu durante o dia pelas principais ruas da cidade.

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) foi representada pelos secretários Jean Piery, Raimundo Oliveira e Henrique Gomes, que contribuíram nas manifestações organizadas pelo coordenador do núcleo da entidade, sob a direção do professor Celson Barbosa.

Para Henrique Gomes, apesar de os trabalhadores estarem enfrentando uma gestão marcada pela perseguição, representada pelas ações de remoção de educadores para escolas distâncias, já há um espírito de lutar pelas melhorias na educação. “Houve uma grande adesão dos professores que estão saindo do estado de medo para participar das mobilizações promovidas pelo Sindicato. Mesmo com a perseguição, a categoria já demostrou que vai até o fim no objetivo de trazer benefícios necessários para a educação”, enfatizou.

Professores Henrique Gomes, Raimundo Oliveira, Celson Barbosa e Jean Pierry
Uma das bandeiras da mobilização é a reforma do Plano de Cargos e Carreiras(PCC) que foi revogado, na Justiça, após ação ajuizada pela equipe da prefeita Tereza Murad no ano passado. Os trabalhadores querem a elaboração do novo plano para implantar as gratificações de difícil acesso e também de atividade do magistério, retiradas com a revogação da lei.

Outro ponto também cobrado na mobilização foi o cumprimento, por parte da prefeitura, da Lei Nacional do Piso do Magistério( 11.738/08), que garante um terço da jornada dos professores seja destinado, exclusivamente, ao planejamento escolar, ou seja, esse é o tempo que o educador tem para preparar as aulas e corrigir trabalhos, por exemplo. Os trabalhadores também denunciaram a omissão da prefeitura acerca do reajuste de 8,32% do Piso Nacional do Magistério e querem uma definição da data de pagamento.

Mesmo querendo discutir com os gestores os entraves da educação pública, os trabalhadores não conseguiram dialogar com o Poder Executivo, pois a porta da Prefeitura foi fechada para não receber os manifestantes. Por outro lado, a categoria conquistou, durante a visita à Promotoria de Coroatá, uma reunião para a próxima quarta-feira (26) entre o Ministério Público, a direção do SINPROESEMMA e a Prefeitura Municipal.

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