3 de setembro de 2012

Políticos falecidos são os grandes puxadores de votos de meia dúzia de 'espertos'

Impressiona sempre a forma como candidatos que perderam entes queridos de maneira trágica se manifestam em processos eleitorais como seus naturais substitutos na vida política.

Normalmente os que ficam aproveitam-se do lastro eleitoral do parente ausente para 'se dar bem'. O discurso é sempre o mesmo: dar continuidade ao trabalho que desenvolvia o falecido.

Muitos pergutam: qual trabalho?

Em todas as situações é um desastre.

Com todo respeito aos falecidos, que deram a vida por seus ideais, nomes como Marília Mendonça, viúva do Delegado Stênio Mendonça; de Evangelista Neto, Neto do ex-deputado João Evangelista; Maria Clara Moreira, viúva do ex-deputado Luciano Moreira, Augusto Serra Filho, filho do ex-vereador Augusto Serra, morto também em acidente de trânsito na capital em 2010, e tantos outros, na verdade acabam, com raríssimas exceções, construindo uma falsa ideia para o eleitor e a eleitora menos avisada.

Marília Mendonça foi eleita vereadora, nadou, nadou, mas sem trabalho comunitário que a afirmasse na luta, desapareceu.

Neto Evangelista elegeu-se Deputado Estadual no lastro do pai e ficou nisso. Não demonstrou até hoje a que veio. Até mesmo a ‘indicação’ para a vaga de vice de Castelo foi feita por terceiros, onde o deputado apenas concordou passivamente. E isso, dizem por aí, após 'muita pressão’.

Por fim, Maria Clara Moreira, candidata de blogueiros e jornalistas alinhados ao governo, e também da futilidade, é desconhecida na cidade, ao que parece não tem trabalho social, mas é alçada como candidata de um pequeno grupoo de privilegiados da pequena burguesia urbana e de mais meia dúzia de interesseiros. Boa vontade estampada no olhar, Clara promete dar ‘continuidade ao trabalho’ do Marido falecido em trágico acidente de automóvel em 2010.

E por aí vai.

Não se quer aqui questionar se eles têm ou não direito a se candidatar a qualquer cargo público. Até porque esse é um direito constitucional que o Brasil assegura a todos e todas que tenham essa intenção.

Mas o que o Blog levanta é: até que ponto pode-se confiar em pessoas que usam seus entes queridos falecidos para forjar suas próprias trajetórias políticas?

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