18 de abril de 2012

Direção Estadual da CTB no Maranhão emite Nota Oficial sobre falsa crise da ALUMAR

O Presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB - no Maranhão, professor Júlio Guterres, confirmou Nota da Central denunciando as manobras da ALUMAR e suas mentiras sobre possível fechamento da unidade de São Luís. A Nota presta "solidariedade" aos trabalhadores metalúrgicos para "contribuir com a sua jornada de luta na conquista de direitos e melhores condições de vida."

Professor Júlio Guterres, Presidente da CTB no Maranhão

A Nota sai após decisão tomada pela Direção Estadual da CTB na tarde de 4ª Feira (18).

Leia a íntegra da Nota.

NOTA OFICIAL


Diante das insistentes e desencontradas notícias sobre a possibilidade de fechamento da Alumar –consórcio formado pela norte-americana Alcoa, pela australiana BHP Billington e pela anglo-australiana RioTintoAlcan, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção do Maranhão (CTB-MA), vem a público para:

1. Denunciar como chantagem essa ameaça de fechamento da unidade maranhense do consórcio, uma das mais rentáveis das 44 fábricas do grupo no mundo e que obteve, em 2011, lucro de líquido de 611 milhões de dólares e no primeiro trimestre deste ano, 94 milhões de dólares;

2. Lembrar que as ameaças pretendem, em primeiro lugar, refrear a luta dos bravos companheiros metalúrgicos que, liderados pelo seu sindicato, o Sindmetal, estão em plena Campanha Salarial cobrando recomposição de 5,47%, correspondente ao INPC, mais 5% de aumento real, além de várias cláusulas sociais;

3. Relembrar que a Alumar é pródiga na produção de factóides no período das negociações salarial, como o caso Celso Motter, em 1993, na tentativa de não reajustar salários, cortar direitos e benefícios, além de assegurar a máxima exploração capitalista;

4. Denunciar que, um segundo objetivo da multinacional, é obrigar que o governo brasileiro, que vem enfrentando a crise internacional de forma exitosa, conceda por mais anos vantagens ao consórcio como o fez nos últimos 30 anos ao ceder terras, reduzir impostos, conceder crédito do BNDES e vender energia ao menor preço do mercado internacional;

5. Mostrar que se a crise mundial abalou a taxa de lucro da multinacional do alumínio, não cabe aos trabalhadores arcarem com o peso da crise, pois nas três décadas de bonança, a Alumar pouco beneficiou a seus empregados e sequer cumprir as metas de autossuficiência enérgica e de verticalização da produção, com o objetivo de atender ao mercado interno;

6. Criticar as lideranças políticas e sindicais, que de forma equivocada ou oportunista, têm avalizado o discurso e as tentativas da Alumar em obter novas vantagens oficiais e submeterem os trabalhadores aos seus ditames;

7. Repudiar perseguições aos dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos que tiveram salários cortados e a liberação para a atividade sindical suspensa, em clara prática antissindical por parte da Alumar;

8. Emprestar toda a solidariedade aos companheiros metalúrgicos e colocar-se à disposição para contribuir com a sua jornada de luta na conquista de direitos e melhores condições de vida.


São Luís, 15 de abril de 2012


Júlio Guterres
Presidente da CTB-MA

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