24 de março de 2009

PCdoB - 87 anos. (Homenagem 1)


Poema do Partido Comunista do Brasil

Sentados na sacada
Estamos nós,
Eu e Lênin.
Silêncio no ambiente,
Revela barulhos quase imperceptíveis.
O dia,
Prestes a ir embora,
Surpreende o sol
Que escapa por trás do tempo.
O vento riste, frio,
Trás em linguagem de saudade
Lembranças do Partido Comunista do Brasil.
Irrompido o silêncio, camarada,
Nosso partido faz hoje 75 anos.
Grandiosas são tuas rimas de luta.
Sinuoso é teu sistema de pensamento.
Por esses caminhos
Tantos foram os recontros.
De morte até.
Muitos tombaram.
Outros capitularam,
Mas seguimos adiante,
Senhores do nosso próprio destino.
Cada vez mais sujeitos da história,
Estendendo a bandeira da Nação
Por amplos e manifestos lugares.
Nesse alçar vôo
O olhar da história te contempla
Sente-se que ela pode constatar
Que a luta contra o getulismo,
Contra os militares e o revisionismo,
Contra mesmo o liquidacionismo,
Existiu e sobrevivemos ao tempo real das coisas.
Por nossa capacidade de organização
Pelo compromisso dialético e histórico com o socialismo
Nosso grito correu selvas no Araguaia,
Foi ouvido nas mais distantes praias
Combateu ‘olivas’ e ‘raias’,
Fincou pé nas almas dali,
Tão gentis.
Ali, camarada,
Levamos voz praquele povo.
E com ela
A possibilidade do novo.
Hoje, mais reluzentes que nunca,
Sabemos das hercúleas tarefas que se fazem impor.
Os tempos são outros.
Os inimigos, semelhantes.
Mas a história é a mesma.
Camarada, chegamos a 75 anos mais lúcidos que nunca.
È a ciência e o Trabalho.
Amanhã, como este sol,
Que sempre volta depois de breve noite,
O socialismo também brilhará auto por estas bandas.
Hoje, estamos eu e você, camarada Lênin.
O sol, que já desapareceu,
Levou com ele toda a luz,
Mas deixou-nos o tempo, a palavra
E o pensamento.
Vamos gritar juntos
No mais alto tom
Firmemente
Que viva eternamente
O Partido Comunista do Brasil.

Marden Ramalho
1997

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