Os desalojados chegam a 51.297 - são pessoas que foram obrigadas a sair de suas casas por conta dos danos das chuvas, mas que podem ir para casas de parentes ou amigos.
30 de novembro de 2008
A tragédia é maior
Os desalojados chegam a 51.297 - são pessoas que foram obrigadas a sair de suas casas por conta dos danos das chuvas, mas que podem ir para casas de parentes ou amigos.
José Saramago sempre 'tangencioso'.
E por falar em amor
Coração derrama-nos pelas bordas
Emudecem-se homem e mulher
Já não cabe tanto amar
Nem insanidade mais forte leva
Nenhuma tempestade ou furacão
Há de te arrancar do meu corpo
E da minha alma
És uma tatuagem forjada em aço de história e tempo.
Agarra-me e impõe teus desejos
Abre a porta do meu quarto
Anda por entre a sombra
E guia-te sobre mim
Até o entrechocar definitivo dos corpos
E a manifestação ardente por não mais suportar a espera
Do poema beijo
Lampejos de amor revolto
Sem pestanejos
Arvorada em mim
A Sugar-me a alma intransponível
Tal qual suspiro de amor correspondido
Mordidas de lírico carinho
De acaso do além mar
Todas as ondas seriam para acalmar-nos o corpo
E sentirmos juntos derramamentos de amor
Irrompidos em noite de segredos que se implicam
Deliciosamente aquecidos
Em meio a estampidos azeitados de prazer.
Marden Ramalho
Janeiro de 2003
Férias para João Victor Porto Ramalho
29 de novembro de 2008
Adalberto Monteiro e Marden Ramalho. Encontro com a poesia dialética
As delícias do amargo & uma homenagem: poemasAdalberto Monteiro
Dr. Fernando Lima aguarda diplomação
26 de novembro de 2008
Um patriarca valioso
Luís Nassif desmascara, mais uma vez, Veja
Por Luis Nassif, em seu blog
No domingo, um velho comentarista voltou ao Blog com ameaças — embora não se identificasse, poderá ser localizado pelo IP.
mas tu é corno ou não ?Por Roberlio Charls ( robchar@inca.gov.br ) - 66.232.111.77, em 24/11/08 00:18
cornelius nassifus...vai ser lindo qdo oO. Frias revelar oficialmente o que disseao Diogo Mainardi e diz para todos. Ele fez umdocumento interessante sobre seu caráter --ou falta dele, para sermos exatos.
Seus crimes estão bem próximos deserem revelados, babaca.Vai ser lindo...vai ser lindo.
Ser capacho do Lula não vaiajudar muito -- acho que podeaté piorar nesse caso.
Uma dica: é tudo questão de data....!!!!!
Entendeu cornelius ?Tenta a Venezuela, rata de dos patas !Por Roberlio Charls ( robchar@inca.gov.br ) - 66.232.111.77, em 24/11/08 00:34
o dito rei pergunta porque a ratazana fica calada sobre a fusão ? eu sei. rato não fala.Por Roberlio Charls ( robchar@inca.gov.br ) - 66.232.111.77, em 24/11/08 00:40
Como agora, esses mesmos avisos precederam ou acompanharam, em outros momentos, ataques encomendados ao blogueiro da revista. E se inserem no mesmo modelo de assassinato de reputação exaustivamente utilizado pelo esquema Dantas contra adversários. Aliás, dependendo de quem possa ser o remetente, poderá ser configurado um caso de ação coordenada da revista.
Folha
Tenho princípios de lealdade que busco seguir. Um deles é à memória de Otávio Frias de Oliveira. Por isso mesmo, não divulguei minha versão sobre minha saída da Folha. Nem o farei agora.
Como Otávio Frias Filho admitiu em email a um leitor, vários pontos levaram a um conflito entre nós. Limito-me a um ponto específico.
Desde 2003, quando foi lançado, Otávio implicou com o Projeto Brasil, alegando que não competia a jornalistas discutir políticas públicas. O Projeto foi mantido e resultou em um acervo valioso de trabalhos, que têm ajudado a enriquecer a discussão pública no país.
Mais: todos os seminários foram anunciados no jornal, através de publicidade paga do meu bolso, descontada do meu salário. Nas propostas de patrocínio, era oferecido ao patrocinador colocar seu logotipo nos anúncios. Otávio sabe muito bem que jamais a coluna negociou espaços editoriais com patrocinadores. E jamais afirmaria algo nesse sentido. Aliás, teria sido facílimo identificar qualquer prática anti-jornalística, à medida que anúncios e colunas saiam no mesmo caderno "Dinheiro".
Ao negar que tivesse dito que eu cometia achaques, mas deixando no ar uma levíssima insinuação, de que eu não estaria suficientemente cuidadoso em separar minha atividade na DV da de colunista, Otávio vive seu personagem predileto, o florentino da Barão de Limeira: vinga-se das críticas que tenho feito ao jornal sem sujar as mãos.
Não avançarei nos demais pontos, porque o que está em jogo não são as idiossincrasias do Otávio nem os interesses da Folha, mas algo muitissimo mais barra-pesada: o esquema Veja.
23 de novembro de 2008
O Teorema da Incompletude de Kurt Gödel e um Maranhense
Gödel
Imirante.compor Allan Kardec
Qua, 19/11/08
Juro que tentei, durante todo o livro, pronunciar a palavra da forma que minha amiga, professora Gilza, me ensinou. Aquele som gutural. Alemão. Não consegui. Afinal, pra mim, Gödel continua sendo Gódél. Isso, aberto, escancarado. Maranhense. Ficou assim mesmo.
Mas, o que interessa? Gödel contiua sendo o bom e velho Gödel. Fim nele mesmo. Segundo os estudiosos “o maior lógico depois de Aristóteles”. Quantos anos o separam do velho filósofo? Mais de dois milênios! Não é pouco. Aliás, o que é isso? Quanto tempo não durou para nascer outro Aristóteles?
Lembro do livro a propósito dessa propalada crise. Algo que não cabe em si mesma. Afinal, é uma crise ou oportunidade? Bem, não cabe aqui discutir. Aliás, talvez caiba, mas não é disso que quero falar… É do “Incompletude: A Prova e o Paradoxo de Kurt Gödel”, de Rebecca Goldstein. Que comprei no aeroporto e devorei sem piedade. Que belo livro!
Alguém diria que Aristóteles também errou. Afinal, ele acreditava que o cérebro - com todos esses viézes, voltas e almofadas brancas seria não mais que um radiador para o coração. Este último, sim, o centro do sentimento. Tudo bem. Mas ninguém nega a profundidade do pensamento. A inovação. O arrojo. A grandeza que mandou em quase um milênio de pensamento. E ainda dita muita coisa. Tem gente que acha que o que fazemos agora é mero apêndice do que Aristóteles originalmente pensou.
Mas ia esquecendo de falar do Kurt, velho Kurt Gödel. Ele é autor de um dos mais estonteantes teoremas dos últimos séculos. O famoso “teorema da incompletude”. Diz Rebecca Goldstein que com isso ele unificou a lógica e a matemática. Colocou, inclusive, grandes nomes como Hilbert em uma sinuca de bico - se é que posso utilizar essa expressão.
Um exemplo prático desse teorema é a estória do paradoxo do mentiroso. Ou seja, um homem diz que está mentindo. O que ele diz é verdade ou mentira? Eis a questão - como diria Hamlet. Afinal, deixa o mentiroso também em uma sinuca de bico: “ser ou não ser, eis a questão”. Ou mesmo o seu interlocutor: afinal de contas, o que ele está dizendo é verdade ou mentira?
Gödel resolveu a questão. Elegantemente. Mas pagou caro - dizem - por ser lógico demais.
Cartesiano. Mecanicista. Afinal, os mais sábios dizem que a vida não é necessariamente um conjunto de regras duras, rígidas. Dois mais dois pode ser cinco. Ou três. Algumas vezes quatro! Gödel tornou-se paranóico com o tempo. Amigo de Einstein, ou o inverso. Caminhavam juntos todos os dias no Instituto de Estudos Avançados de Princeton. Eintein faleceu e não demorou muito o grande Gödel o acompanhou.
Hilbert - genial - propôs então 23 questões em aberto. Uma delas dizia justamente da fundamentação lógica da matemática. O calado e circunspecto, mas genial e grande Kurt resolveu enfrentar a questão. Mais ou menos na mesma época a Física era solapada com o “princípio da incerteza” de Heisenberg. O chão não poderia mais ser tão sólido.
No fundo, o que Rebecca argumenta é que a “intuição” - essa coisa que muita gente não consegue apanhar, fechar, enquadrar - entraria necessariamente como uma condição sine qua non para que sistematizemos uma determinada ciência ou conhecimento. Aí entraram as questões fundamentais sobre “o que somos nós”, “aonde vamos”, etc. Gödel mostrou que um determinado sistema baseado em axiomas não poderia ser completo em si mesmo. É a estória do mentiroso: não dá para dizer que ele fala ou não a verdade. Que você acha?
Fonte: www.imirante.com
Sampaio Corrêa deixa escapar título. Moto é o campeão 2008
10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários
Neste contexto, o centro da questão posta para os comunistas e revolucionários é encontrar uma saída avançada e que respeite os interesses dos trabalhadores e dos povos. Este é o principal desafio.
Uma vez mais:Pablo Neruda
Pablo Neruda : Canto Geral
20 de novembro de 2008
Um poema para manter a alma
Do poema existo
Não penso quando devo acabá-lo
Disso tenho certeza
Como também
De pensar a próxima palavra
E com destreza
Descortinar em humildes reverberações
Os sofisticados movimentos do poema
Palavras cruzadas na história
Definindo o valor do real no tempo
Impregnando a comoção do poeta
Que escreve sem parar
No fim da existência
E sem cessar a dor que é natural no homem
Reveste para si toda alma
Presente na inarredável construção do ser
Do poema
Marden Ramalho
Novembro de 2002
16 de novembro de 2008
10 de novembro de 2008
Poesia da Teoria do Caos
Há uma ordem na poesia
Mas há também desordem
Na tendência do caos
Poeta forja palavra peão
Constrói idéia no tempo da vida
Um dia
Definindo estéticas nacionais
Poeta conduziu a caneta
Por fios que atam existências
Na continuidade:
Incompletude
Na linguagem experienciada:
Sou obra
Sou sujeito na história
Não sou sozinho
Totalizo-me em tudo
Relações imorredouras
Liberdade?
Enfrentamento das coisas do mundo
Leis da ciência do caos
Reveladoras de desordenada ordem
Fincadas na tensividade relacional da matéria
E na estorvante harmonia dos sentimentos opostos
O homem não é só no mundo
O homem pode até estar só
Criar com justeza o poema
Embrenhando-se na sóbria concretude das coisas
Artista resiste aos exércitos da morte pós-moderna,
Agride a matéria,
Pari o instante adelgaçado por outrem,
Parte em cavalgada rítmica de percussões
Sonorizadas com toda a fractalizada poesia do caos
Na necessidade desordenada da poesia
Inacabada no mesmo tempo histórico da criação.
Marden Ramalho
Julho de 2002